Daniel Ottoni
10/05/19 - 08h00
O começo de 2019 teve um Cruzeiro firme, intenso e o mais importante de tudo: vitorioso. Até a estreia no Campeonato Brasileiro, contra o Flamengo, foram 21 jogos de invencibilidade, que fizeram o time entrar no torneio nacional com status de favorito ao título. Porém, tanto nessa competição como na Libertadores, o “buraco” mostra ser mais embaixo.
Após cinco vitórias seguidas no torneio internacional, a derrota para o Emelec, em casa, na última quarta-feira, fez o sinal de alerta ser ligado, mostrando que o nível de exigência será maior do que o enfrentado até aqui. “É algo que preocupa porque temos um bom time e um elenco qualificado. Não diria que estamos fazendo partidas ruins, mas, sim, abaixo do que podemos demonstrar. Contra o Emelec, tudo deu errado. Entramos abaixo, relaxados, lentos e sem criação. Quando acordamos, já era tarde. Serve de aprendizado e para deixar claro que precisamos melhorar a curto prazo”, comenta o meia Thiago Neves. “Menos mal que já entramos para esse jogo classificados. No segundo tempo, tivemos até um bom volume de jogo, chegamos a empatar e criar oportunidades. O futebol que apresentamos não foi de todo ruim. Perdemos quando podíamos. Temos que consertar o que fizemos de errado, cientes de que em fase de mata-mata, como a que se aproxima, é uma outra história. O espírito precisa ser forte, e temos que buscar melhorar cada vez mais para ir longe e seguir na briga por títulos”, aponta o meia Rodriguinho.
Domingo
No jogo anterior, contra o Goiás, pelo Brasileiro, o Cruzeiro já havia demonstrado um futebol mediano, apesar da vitória por 2 a 1. No domingo, o time pega o Internacional, fora de casa, pela quarta rodada, precisando vencer para encostar nos primeiros colocados. Na outra vitória, contra o Ceará, o futebol também não convenceu, deixando claro que muito precisa melhorar. “Estamos cientes do que precisamos evoluir. É hora de ajustar as coisas o mais rápido possível porque Brasileirão já começou e Copa do Brasil vem aí. É preciso estar 100% para estes confrontos”, sinaliza o volante e capitão Henrique.
Mais recuado, Robinho aprova estilo de jogo no 2º tempo
Na partida contra o Emelec, no segundo tempo, o técnico Mano Menezes testou uma formação diferente para o time do Cruzeiro, com apenas Henrique de volante, tendo mais homens de criação no meio. A intenção era pressionar o time do Equador, que aproveitou os espaços para contra-atacar e conseguir um pênalti nos últimos minutos, que acabou dando a vitória aos visitantes em pleno Mineirão.
O meia Robinho, que costuma fazer uma função mais avançada, esteve um pouco mais recuado para ajudar o capitão Henrique na marcação. “Gostei do esquema, ficou legal. O time esteve um pouco exposto, eu não sou um cara de marcação, sou mais de setor e posicionamento. Achei que o Henrique ficou sobrecarregado, como no final do jogo, mas é algo que podemos testar em outras partidas. Não é uma má ideia, é preciso treinar e ver se o Mano tem isso na cabeça para ser usado durante a temporada. Acho que deu certo, levando em consideração a atuação no segundo tempo”, afirma o jogador.