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Setor de Patrimônio realiza coleta de dados para cadastro no Iepha
29/07/2021

 

 

“Mestre do Saber Popular” quer eternizar a sabedoria do modo de fazer são-gonçalense

 

 

O senhor Agildo da Costa mostra o moinho de milho e mandioca que atravessa gerações.

O senhor Luiz France da Costa mostra o moinho de milho e mandioca que atravessa gerações.

Coletar dados, cadastrar, inventariar e futuramente tombar bens imateriais de São Gonçalo do Rio Abaixo. Um trabalho minucioso feito pelo setor de Patrimônio da Secretaria de Cultura, a fim de resgatar saberes locais, difundi-los e permitir que se eternizem a futuras gerações através do reconhecimento do Instituto Estadual de Patrimônio Histórico e Artísitico - Iepha. Para isso, na manhã do dia 27, terça, os servidores, Danilo Souza e Edson de Oliveira fizeram mais uma vistoria, desta vez, na localidade do Una. Na ocasião, foi feito o cadastro para Inventário da Cultura Alimentar relacionada às Farinhas de Milho e Mandioca em Minas Gerais - Cadastro dos Moinhos de Milho e Casas de Farinha.

 

Dona Antônia da Costa (Tonica) aprendeu a fazer farinha com o pai, Raimundo Braz e divide a produção caseira com a vizinhança do Una. Uma farinha com sabor especial, com coloração diferente, segundo ela, devido à época de plantio e colheita da mandioca. Junto com o marido Luiz France da Costa fabrica de forma artesanal a farinha de mandioca e milho. Através do relato da tradição do modo de fazer que atravessa gerações o Instituto pode considerá-los “Mestre do Saber Popular”.

 

Dona Raimunda e a filha Lourdes fazendo rapadura no quintal.

Dona Raimunda e a filha Antônia fazendo rapadura no quintal.

Mas a pesquisa do setor da Secretaria de Cultura são-gonçalense não se limita as atividades do Iepha e até se antecipa ao cadastro que ainda deve ser aberto, o dos produtores de derivados de cana de açúcar. A titularidade também será a de Mestre. Assim, aproveitaram a visita na localidade para cadastrar a prima de Tonica, dona Olinda da Costa Oliveira, 73, que aprendeu com o pai Raimundo Oliveira a fazer rapadura e hoje já ensinou o ofício a filha, Antônia de Oliveira.

 

Dona Olinda recolhe a cana doada pelos vizinhos e divide a produção com os mesmos, sem comercializá-las. “Aqui a gente troca. Se um produz farinha, a gente troca por rapadura ou qualquer outro alimento produzido”, ressaltou. Da produção surgiram o café e a broa de milho adoçados com rapadura, oferecido pelas senhoras que mantêm também a tradição mineira de boa hospitalidade.

A etapa de coleta de dados e envio de relatórios para ao Iepha continua para toda Minas Gerais, o resultado da avaliação deve ser divulgado no final do ano, no mês de dezembro.


 

 

 


 

 

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