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Protesto da APAE
Legislativo promete antecipação de devolução de repasse para ajudar instituição 24/03/2016

Rodrigo Andrade
 
RODRIGO ANDRADE/DEFATO
Manifestantes levaram cartazes para a Câmara e protestaram contra a situação da Apae em Itabira
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Funcionários, estudantes, familiares e diretores da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) lotaram o plenário da Câmara de Vereadores de Itabira nesta terça-feira, 22 de março, para protestar contra sucessivos atrasos nos repasses acordados com a Prefeitura. A presidente da instituição, Emídia Tércia Figueiredo, usou a tribuna e alertou para o risco de fechamento da entidade caso os problemas financeiros não sejam resolvidos.

De acordo com a diretora, três convênios estão atrasados. O primeiro, que já acumula R$ 325.431,55, não é pago desde novembro do ano passado. O segundo, no valor de R$ 28.328,00, está em atraso desde dezembro. O último, de R$ 25.554,00, foi pago pela última vez em janeiro de 2016. “Os professores estão sem receber e querem parar suas atividades. E eles têm razão. O que podemos fazer?”, questionou a diretora, em tom de desabafo.

A presidente afirmou que os ônibus da instituição estão sem combustível. Eles só conseguiram ir até a Câmara porque o proprietário de um posto contribuiu com o diesel. Emídia Tércia cobrou mais participação das autoridades políticas nas causas da Apae e citou que o Centro de Convivência da entidade está  com as obras paradas por falta de verba. Mas o problema mais urgente é o pagamento dos funcionários.

Segundo a presidente, a Apae já usou todo o recurso que tinha em caixa e no último mês precisou tirar mantimentos da dispensa para dar aos funcionários. “Os deficientes nunca foram problema para o município. A Apae sempre se virou e deu conta. Fazemos campanhas, temos nossas fontes de contribuição. Se estamos vindo até aqui é porque não estamos aguentando mais”, afirmou Emídia. “A Apae tem dívidas? Não. Graças a uma boa administração, hoje nós não estamos devendo. Agora, se essa situação permanecer, a Apae acaba fechando”, completou.

Críticas, boicote e soluções

A manifestação no plenário e as falas da presidente da Apae causaram reação imediata dos vereadores. Todos que falaram criticaram com veemência o governo municipal. Houve até proposta de boicote a projetos do Executivo enquanto a situação com a entidade não for resolvida.

A ideia partiu de Paulo Soares (PSB). O socialista disse que se sente envergonhado com o que está acontecendo na Apae. Para ele, os vereadores não deveriam mais votar projetos do governo enquanto o dinheiro não for repassado. Imediatamente, Geraldo Torrinha (PDT) fez coro com o colega e sugeriu trancar a pauta do Executivo. Bernardo Mucida (PSB), Palhaço Batatinha (PSDB) e Ilton Magalhães  e Marcela Cristina, do PR, também apoiaram.

Várias foram as palavras usadas pelos vereadores: “sacanagem”, “vergonhoso”, “inadmissível” e “revoltante” foram algumas delas. Os legisladores citaram o orçamento do município, que neste ano é de R$ 450 milhões, e reclamaram que, mesmo assim, a Prefeitura tem faltado com compromissos tão importantes como o firmado com a Apae. Eles também lembraram que na semana passada o secretário municipal de Esportes, Élson Sá, esteve no Legislativo pedindo dinheiro à Câmara para enviar atletas a competições.

Solimar Silva (SD) sugeriu que a Câmara crie uma comissão para acompanhar as negociações entre a Apae e a Prefeitura de Itabira. Para ele, é dever dos vereadores buscar informações e passar um cronograma de pagamento aos representantes da entidade. Já Ronaldo Capoeira (PV) comentou que uma associação beneficiente que ele coordena na região do bairro Bela Vista fará uma campanha de arrecadação para a instituição.

O presidente da Câmara, Rodrigo Diguerê (PV), anunciou que o governo fará pagamento de R$ 136 mil à entidade nesta quarta-feira, 23 de março. O vereador também afirmou que o Legislativo antecipará devolução de verba à Prefeitura para que seja destinado à Apae. “Podem ter certeza de que no que depender da Câmara a Apae não fecha. Não deixaremos isso acontecer”, exclamou.

Allaim Gomes (PDT) também anunciou verbas para a Apae. Ele leu dois ofícios do gabinete do deputado estadual Nozinho (PDT). O primeiro tratava de repasse de R$ 175 mil para obras do Centro de Convivência. O segundo, de R$ 50 mil, referente a emenda parlamentar, que, segundo a presidente Emídia Tércia, é carimbada e só pode ser usada para compra de equipamentos

 


 

 

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