Equilíbrio depende, em parte, da reforma que será votada pelo Congresso Nacional
PUBLICADO EM 03/12/18 - 03h00
BERNARDO MIRANDA
A solução do que seja talvez o maior desafio fiscal de Minas não poderá sair somente com ações do novo governador. O déficit previdenciário do Estado ultrapassou, em 2017, os R$ 16 bilhões. Isso representa um crescimento real que extrapolou os 100% em apenas seis anos. O valor é o dobro do déficit total do Orçamento. Ou seja, se as contas da Previdência estadual estivessem equilibradas, Minas não só fecharia o ano passado no azul, como sobrariam R$ 8 bilhões para investimentos.
Mexer nesse buraco sem fundo vai depender da reforma da Previdência que o Congresso Nacional deverá votar no ano que vem e que, certamente, envolverá uma extensa negociação.
No ano passado, Minas gastou R$ 22 bilhões para pagar os servidores aposentados. Já as contribuições de todo o funcionalismo foi de R$ 5,5 bilhões, gerando esse déficit astronômico de R$ 16,5 bilhões. O pagamento dos inativos, sozinho, representa um quarto de tudo que o governo gastou no ano passado.