Estrutura da ITM começou a ser demolida com maquinário pesado neste domingo (17)
PUBLICADO EM 18/02/19 - 08h27
Os planos do Corpo de Bombeiros de concluir a demolição da área da usina de Instalação de Tratamento de Minério (ITM), em Brumadinho, serão adiados por conta da movimentação do rejeito remanescente da barragem I da mina de Córrego do Feijão.
Equipes especializadas em Buscas e Resgate em Estruturas Colapsadas (Brec) iniciavam uma nova fase de buscas aos desaparecidos após o rompimento da barragem, mas os profissionais serão remanejados para outras áreas por conta dos riscos.
"O radar de solo reportou movimentação do rejeito remanescente na B1, o que enseja a paralisação dos trabalhos de desmontagem da ITM. Por segurança das equipes, vamos remanejar para outras áreas. Vamos lançar observadores (sentinelas), de forma a abreviar a informação em caso de eventuais descolamentos", explicou o tenente-coronel Anderson Passos.
Ainda de acordo com o militar, as buscas na área da ITM serão adiadas até que seja possível dimensionar essa situação em razão da chuva desse domingo (17).
Na noite desse domingo (17), a fiação de alta tensão foi rompida no Córrego do Feijão, o que fez com que o local ficasse sem energia. Militares usaram geradores na Igreja Nossa Senhora das Dores, que serve de apoio para o posto de comando.
De acordo com os bombeiros, não há informação sobre a ruptura da fiação, mas choveu muito no local ontem. Conforme a corporação, funcionários da Cemig trabalham na área para o restabelecimento do serviço.
A reportagem de O TEMPO ainda não conseguiu contato com a assessoria de imprensa da Companhia Energética de Minas Gerais.
De acordo com o último balanço da Defesa Civil Estadual, 169 mortos foram localizados e identificados e 107 vítimas seguem desaparecidas.
Orações
Nesta manhã, um pastor de Belo Horizonte fez uma oração com os militares antes do início dos trabalhos.