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Polícia inicia oitiva de vítimas e testemunhas de cerveja contaminada
Corporação quer buscar informações sobre o consumo dos produtos da Backer 21/01/2020

 

policia civil
Polícia vai ouvir vítimas e testemunhas para compreender como se deu o consumo da Backer contaminada
Foto: JOAO LEUS / O TEMPO

A Polícia Civil iniciou nesta segunda-feira (20) a segunda fase das investigações sobre a contaminação da cerveja Belorizontina, da Backer, suspeita de estar associada a quatro mortes. Durante toda esta semana, a corporação vai ouvir vítimas e familiares, para buscar informações sobre o consumo da bebida. Quatro pessoas já foram ouvidas, e outras quatro devem ser ouvidas nesta terça-feira (21). 

Segundo o delegado Flávio Grossi, a polícia quer entender onde o produto foi comprado e de que forma foi consumido. Uma terceira fase das investigações, que ocorre paralelamente, busca identificar a culpabilidade do caso.

“Nós findamos a primeira fase, que seria apurar o que aconteceu, fazer a comunicação ampla ao público sobre os riscos, notificar os outros órgãos sanitários de saúde. Passamos agora para uma segunda e terceira fases concomitantes de ouvir as vítimas, registrar seus relatos de consumo do produto e tentar delimitar a culpabilidade, como ocorreu, quem fez e como fez, em um terceiro momento de investigação”, explica o policial. 

Entre os ouvidos, está a enteada de Maria Augusta de Campos Cordeiro, de 60 anos, que morreu de insuficiência renal em Pompéu, na região Central do Estado, no dia 28 de dezembro, dias após consumir a cerveja. O delegado Flávio Grossi encaminhou à Justiça um pedido para a exumação do corpo da mulher, com o objetivo de tentar encontrar resquícios da contaminação. 

“É mais um elemento da investigação, que se soma a toda a cadeia de compra, consumo e diagnóstico”, diz o delegado. 

Também nesta segunda-feira, equipes da Polícia Civil estiveram na cervejaria Backer para esclarecer dúvidas sobre a linha de produção, e mais amostras de cervejas foram recolhidas.

“Fizemos mais uma perícia, naturalmente haverá várias perícias. É um sistema complexo, que demanda entendimento da engenharia, dos nossos químicos e biofarmacêuticos. Coletamos mais elementos e também estamos entendendo o processo de fabricação. Tudo será analisado”, afirma Grossi. 

Segundo boletim divulgado nesta segunda-feira pela Secretaria de Estado de Saúde, subiu para 21 o número casos suspeitos de intoxicação exógena por dietilenoglicol. Entre as vítimas, 19 são homens e duas são mulheres. Quatro casos foram confirmados e 17 estão sendo investigados. 

O delegado Flávio Grossi afirma que qualquer pessoa que tenha consumido o produto e se sentir prejudicada pode registrar um boletim de ocorrência em qualquer unidade policial.

O que diz a cervejaria

A Backer reafirmou, em nota, que nunca comprou ou utilizou o dietilenoglicol em seus processos de fabricação. A empresa informou que aguarda os resultados das apurações e continua à disposição das autoridades.

Quanto ao apoio aos pacientes e familiares, a cervejaria declarou que estruturou uma equipe especializada que já está atuando, de forma proativa, no acolhimento dessas pessoas.

O atendimento psicossocial dos casos já notificados está sendo realizado em uma ação conjunta com a Secretaria de Saúde. Além disso, a cervejaria abriu um canal direto para receber o contato exclusivo dos familiares. O número é (31) 3228-8859, de 8h às 17h.

 


 

 

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