Três detentos subiram o muro da Nelson Hungria por volta de 18h30 deste domingo

Três detentos da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, tiveram a tentativa de fuga frustrada na noite deste domingo (10). A informação foi confirmada pela Polícia Militar.

Agentes penitenciários disseram à reportagem de O TEMPO que os presidiários que tentaram fugir são do pavilhão 10 – o mesmo setor onde estavam presos seis criminosos que conseguiram escapar na noite do dia 26 de abril.

Ainda de acordo com eles, por volta de 18h30 deste domingo, os três detentos serraram as grades das celas, subiram o muro da Nelson Hungria com uma teresa – corda feita com lençois –  e partiram para cima de um agente que estava na guarita. Esse servidor teria impedido a fuga ao lutar com os bandidos.

Detentos tentaram enforcar agente

Em um áudio que circula em grupos de agentes penitenciários no WhatsApp, um servidor descreve os momentos de tensão vividos pelo colega.

Ele afirma que os detentos tentaram enforcar o homem que estava na guarita, bateram na cabeça dele e ainda quase pegaram a arma de fogo carregada pelo agente na cintura.

"É pessoal, a situação foi meio tensa, quase que os ladrões conseguiram ganhar ainda uma arma de fogo. Um segurou o agente pelo pescoço e ficou enforcando ele, que tentou pedir ajuda pelo rádio, mas ninguém conseguiu escutar e entender direito", relata.

"Um outro detento segurou a mão do agente, porque ele iria puxar a arma, enquanto o terceiro dava porrada nele. Ele está até com a cabeça, rosto e braço machucados. Ficaram lá brigando em cima do muro. Foi complicado hoje", desabafa.

Seap ainda não esclareceu caso

A Secretaria de Estado de Administração Prisional (Seap) foi procurada pela reportagem por telefone e e-mail, mas ainda não deu detalhes sobre a tentativa de fuga, nem sobre o estado de saúde do agente.

A PM, por sua vez, informou que militares do 38º Batalhão foram até a Nelson Hungria quando acionados sobre a tentativa de fuga, mas não precisaram agir porque os agentes penitenciários já tinham resolvido a situação.