O Tribunal de Justiça de Minas Gerais negou o pedido de soltura da empresária, de 41 anos, conhecida como "Mãe do Bumbum", presa suspeita de aplicar silicone industrial nas nádegas de mulheres. A decisão foi publicada nessa quarta-feira (25) pelo desembargador de plantão Sálvio Chaves.
O desembargador argumenta que que a situação dela "não é exatamente idêntica" a da também empresária e dona do salão, de 34 anos, conhecia como "Vivi Mãos de Fada". A proprietária do conseguiu da Justiça habeas corpus na última terça-feira (24).
Na decisão, Chaves argumenta também que nota-se que "Mãe do Bumbum" era quem adquiria os produtos químicos a serem utilizados nas “clientes”.
"Inclusive, no momento da prisão em flagrante, ela, de fato, estava realizando o procedimento em uma 'cliente', com utilização da produtos médicos, como agulhas, possíveis anestésicos, dentre outros", escreve.
Aplicação de silocone industrial
Os procedimentos eram realizados em um salão no bairro Eldorado, em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte. Após a aplicação, a "Mãe do Bumbum" ainda "colava" a pele das clientes com uma super cola.
As investigações começaram em novembro, depois que vítimas com lesões procuraram a delegacia. A esteticista, que é do Rio de Janeiro, iniciou os trabalhos em Minas Gerais no fim de fevereiro deste ano e cobrava cerca de R$ 4.000 por cada procedimento. Ao menos 60 mulheres foram atendidas no Estado. (Com Pedro Ferreira)