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POLÍCIA
Autoridades apuram possíveis casos de intoxicação no Buritis após boatos
Mensagens que circulam nas redes sociais associam consumo de cerveja a suspeita de envenenamento; Vigilância Sanitária analisa real causa da 05/01/2020

 

Vista do bairro Buritis
Vista do bairro Buritis
Foto: Uarlen Valerio / O TEMPO 10.7.2015

Após pelo menos quatro pessoas serem hospitalizadas em Belo Horizonte com quadro de insuficiência renal, e diversas mensagens que circulam nas redes sociais associarem o fato a uma possível intoxicação causada por consumo de cerveja no bairro Buritis, região Oeste de BH, a Secretária Municipal de Saúde, por meio da Vigilância Sanitária, busca informações que podem levar ao esclarecimento do ocorrido. A Polícia Civil também abriu investigação preliminar para saber se há crime. Até o momento, porém, não foi registrado nenhum boletim de ocorrência. 

Em contato com a reportagem, a Vigilância Sanitária informou que foi notificada de quatro pacientes com sintomas similares internados em hospitais particulares da capital mineira desde semana passada. O órgão recolheu alimentos consumidos por essas pessoas, bem como amostras sanguíneas para abrir inquérito epidemiológico para apurar o caso. Inicialmente, a pasta informou que não há relação entre os pacientes, a não ser o fato de que eles vivem no mesmo bairro (Buritis). A Secretária Municipal de Saúde também informou que não há nenhum óbito confirmado sobre o caso. 

O tema ainda está obscuro, e até mesmo possíveis vítimas não se enquadram nos relatos divulgados nas redes sociais. A reportagem conversou, na tarde deste domingo (5), com Isabella Schayer, filha de um dos homens internados. Ela negou que o pai teria sido envenenado por cerveja e reforçou que não há relação entre ele e os demais pacientes.  “Muitas informações falsas estão sendo divulgadas. Ainda estamos no escuro e não sabemos de nada. Tudo está sendo investigado para saber do que exatamente se trata. E não há menor relação entre os pacientes”, contou a filha. 

Ela ainda explicou que o pai, Cristiano Mauro Assis Gomes, de 47 anos, deu entrada no hospital no dia 23 de dezembro com insuficiência renal. Isabella reiterou que ele não participou de nenhum evento e nem consumiu cerveja. 

Entenda: mensagens nas redes sociais

Segundo os relatos que circulam em grupos de WhatsApp e causaram alarde, pelo menos cinco pessoas estariam internadas com o mesmo quadro em hospitais da capital, e uma pessoa teria morrido, após o consumo da cerveja Belohorizontina, da marca mineira Backer. Os textos citam o supermercado Super Nosso como local onde a bebida teria sido contaminada após uma dedetização.

Posicionamento da Backer

A Backer negou, via redes sociais, envolvimento no caso, e classificou a mensagem como "mentirosa". "Devido ao grande sucesso da Belorizontina e a grande concorrência no mercado, utilizam dessa notícia mentirosa para atingir a marca Belorizontina que é tão querida pelos mineiros ", informou.

Posicionamento do Super Nosso

O Super Nosso, supermercado citado como local da compra das bebidas, foi procurado pela reportagem, mas ainda não retornou o contato.

Hospitais envolvidos

O hospital da Unimed, localizado na Avenida do Contorno, no bairro Santa Efigênia, região leste da capital, também é uma das instituições citadas nessas mensagens. O órgão confirmou, por meio da assessoria de imprensa, a existência de dois pacientes, que deram entrada nos dias 22/12 e 25/12, com insuficiência renal e neuropatia motora progressiva. A nota divulgada à imprensa ressalta que os diagnósticos estão sendo avaliados. Segundo o hospital, os pacientes estão internados na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). 

Outros hospitais citados nas mensagens, como Madre Teresa, Felício Rocho e Biocor, foram procurados, mas ainda não responderam à reportagem. 

 


 

 

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