São quatro advogados trabalhando com o intuito de que seja feita justiça ao esfaqueador do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL). Ajudado por uma pessoa que prefere o anonimato devido à repercussão do caso, Adélio Bispo de Oliveira foi preso em flagrante, há inúmeros registros e testemunhas de sua ação, e o próprio já confessou o ato, afirmando que agiu sozinho, "a mando de Deus".
Com todo esse cenário, os advogados, inicialmente, trabalham com a tese de que o cliente sofre de problemas mentais. Por isso, nessa segunda-feira (10) pediram que uma banca psiquiátrica tenha acesso ao preso a fim de realizar uma avaliação.
"Por enquanto é só isso, e depois vamos aguardar o oferecimento da denúncia por parte do Ministério Público", resumiu Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados.
Fernando Costa Oliveira Magalhães, outro advogado, também contou um pouco da estratégia.
"Ainda estamos na fase de inquérito, no nascedouro do processo e não sabemos se vamos atuar ainda na defesa, vai depender de uma eventual contratação. Por enquanto, estamos na fase inicial e ele não é denunciado. Depois da denúncia podemos observar a melhor saída jurídica para ele, logicamente observando a verdade dos fatos. Vamos em busca de uma condenação justa dentro daquilo que ele merece. Ele precisa ser condenado", garantiu.
O terceiro defensor, Pedro Augusto de Lima Felipe e Possa aponta que o caminho a ser seguido é de atenuar a pena de Adélio.
"Trabalhamos em terreno muito sólido pela confissão do Adélio. Iremos usar apenas as atenuantes, como comportamento dele e insanidade mental, se for constatada. Assim, (se constatada) ele será transferido para um hospital psiquiátrico com uma medida de segurança", completou.
A reportagem tentou contato com o quarto advogado de Adélio, mas, até agora, não recebeu retorno.