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Juiz determina tratamento igualitário entre detentas e Andrea Neves
Deputado estadual João Leite teria tentado visitar a irmã de Aécio Neves junto de um pastor, mas sua entrada foi negada; o tucano nega 02/06/2017

Andrea
Andrea Neves foi presa nesta quinta-feira (18)
 

Após a denúncia de que Andrea Neves, presa na operação Patmos, estaria recebendo regalias no Complexo Penitenciário Feminino Estevão Pinto (Piep), em Belo Horizonte, conforme publicou O TEMPO com exclusividade, as cinco detentas autoras da carta que narrou o tratamento diferenciado dado pela direção à irmã do senador Aécio Neves (PSDB) retornaram ao pavilhão X-5, destinado a presas com formação universitária.

Segundo Paula Marzano, advogada de duas das presas, uma visita surpresa realizada na manhã dessa terça-feira (31) pelo titular da Vara de Execuções Penais de Belo Horizonte, Luiz Carlos Rezende e Santos, determinou o tratamento igualitário entre todas as reclusas com curso superior. “Agora está tudo bem, todos os excessos concedidos a Andrea Neves foram retirados e todas estão convivendo pacificamente”, revelou Paula Marzano.

Desde a prisão de Andrea, no último 18 de maio, as detentas foram retiradas das celas especiais e realocadas na ala de triagem, ou “castigo”, cujas condições foram consideradas sub-humanas, de acordo com as próprias presas. A jornalista, suspeita de pedir propina a executivos da JBS, ficou isolada no pavilhão, recebeu televisão de plasma, pijama, visita de advogados e atendimento de médico particular, coisas negadas a qualquer presa da unidade, segundo narraram as detentas com curso superior. Ela também não estava sendo algemada, como as demais, nos procedimentos externos.

“Estamos todas recolhidas em celas de castigo ou triagem, convivendo com presas que adentram à Piep ou que cometeram faltas disciplinares por mau comportamento carcerário”, diz a carta. As detentas destacam que tais celas “não contêm ventilação e há dificuldade de saber se é dia ou noite, visto a ausência de janelas”, diz trecho da carta entregue à Juliana Aparecida de Camargos Silva Ferreira. As informações foram negadas pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária.

O juiz, segundo contou a advogada, entrou nas celas de triagem, conversou com as encarceradas, ouviu as queixas e determinou a volta das presas ao pavilhão ocupado por Andrea Neves. “No início da tarde, por volta das 14h, as cinco presas já estavam ocupando as celas especiais, no mesmo pavilhão em que está Andrea Neves. A televisão também foi devolvida a elas”, afirmou Paula Marzano.

A advogada afirmou ainda que suas clientes consideraram a irmã de Aécio Neves “cordial e solícita, tanto que ela doou material de artesanato paras as meninas”. A direção da Estevão Pinto também arrumou trabalho para as cinco presas: duas no artesanato e três na fábrica de biscoitos. Andrea ainda não exerce nenhum trabalho na unidade.

Visita rejeitada

Fontes da penitenciária Estevão Pinto contaram à reportagem que o deputado estadual João Leite (PSDB), candidato derrotado de Aécio Neves à Prefeitura de Belo Horizonte, tentou fazer uma visita à irmã do correlegionário. O parlamentar, que é evangélico, teria ido ao complexo acompanhado de um pastor. Andrea Neves, no entanto, recusou a visita de ambos.

A irmã de Aécio Neves teria dito que só quer receber a visita dos advogados e do marido. O desejo inclusive teria sido comunicado pelos advogados da jornalista aos diretores do presídio.

João Leite foi procurado pela reportagem, mas negou a visita.


 

 

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