Dilma era presidente do Conselho de Administração da PetrobrasYuri
BRASÍLIA. Em tomada de contas especial que investiga a compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, pela Petrobras, em 2006, auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) isentam o Conselho de Administração da estatal, à época presidido por Dilma Rousseff, de ter cometido qualquer “ato de gestão irregular” no episódio. O TCU traça um histórico do que é considerado o pior negócio já fechado na história da Petrobras. O caso deve ser avaliado pelo plenário da Corte nesta terça-feira (30).
O tribunal já havia isentado Dilma de responsabilidade no episódio em 2014. De lá para cá, porém, Nestor Cerveró, que conduziu o negócio dentro da estatal, e o ex-senador Delcídio do Amaral fecharam acordos de delação premiada com a Lava Jato e disseram que a ex-presidente chancelou o negócio sabendo de todos os seus problemas.
O relatório dos analistas do TCU e do Ministério Público de Contas contraria os delatores e endossa a versão de que, inicialmente, o Conselho de Administração da estatal recusou a negociação e, depois, adiou posicionamento sobre o assunto, não tendo deliberado “no mérito” sobre a aquisição de 50% restantes de Pasadena. Dilma sempre afirmou que a primeira etapa da compra só ocorreu porque o Conselho não tinha todas as informações a respeito do contrato.