São Paulo. O candidato do PSL à Presidência nas eleições 2018, Jair Bolsonaro, vai reforçar a campanha para impulsionar o voto útil de eleitores antipetistas em sua candidatura na última semana das eleições, apostando em uma possível vitória no 1º turno. A pesquisa Datafolha divulgada nesta terça-feira (2), em que ele aparece com 32% das intenções de votos contra 21% de Fernando Haddad (PT), impulsionou uma nova onda de manifestações nas redes a favor dele.
As campanhas adversárias já estudam o cenário, mas analistas afirmam que a rejeição de Bolsonaro é a principal barreira para que o quadro se confirme. Nas redes sociais, militantes pedem para que eleitores de João Amoêdo (Novo), Alvaro Dias (Podemos), Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) “não votem por ideologia, mas para evitar a volta do PT”.
A possibilidade de crescimento ainda maior de Bolsonaro na reta final já assombra concorrentes. A menos de uma semana da eleição, o militar da reserva chegou a 38% dos votos válidos. Dentro da campanha do PSDB já há o temor de que Bolsonaro vença no primeiro turno.
Um marqueteiro de outra campanha presidencial ouvido reservadamente pela reportagem comparou o desempenho de Bolsonaro ao do ex-prefeito João Doria nas eleições de 2016, quando o tucano surpreendeu na reta final e ganhou de Haddad já no primeiro turno do pleito municipal. Para ele, o que aconteceu naquele ano pode ser repetir.
Por vias das dúvidas, a campanha de Bolsonaro já contratou uma empresa de marketing para produzir conteúdo em uma eventual nova etapa da disputa.
“O segundo turno tem televisão, temos que pensar uma estratégia. Já está contratada uma agência de marketing. Vamos mostrar o que foi feito pelos que estão tentando voltar e vamos tentar mostrar à população que temos mais capacidade”, disse nesta terça-feira o candidato a vice na chapa de Bolsonaro, Hamilton Mourão.