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PSDB descarta ser oposição a Zema e diz formar ‘bloco livre’
Após reunião, parlamentares tucanos anunciaram que assumirão postura crítica ao governo; deputados se negam a ser chamados de ‘independentes 31/10/2018

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Gustavo Valadares Dalmo Ribeiro
Gustavo Valadares espera que Minas Gerais volte a ser referência em gestão; Dalmo Ribeiro disse que recuo na pauta de privatizações ajudou na decisão
PUBLICADO EM 31/10/18 - 03h00

Dois dias após a derrota do senador Antonio Anastasia na eleição para o Palácio da Liberdade, os deputados estaduais do PSDB se reuniram nessa terça-feira (30) e decidiram que vão se posicionar de forma neutra na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) em relação ao governo do Partido Novo, comandado pelo empresário Romeu Zema. A decisão foi tomada durante encontro dos parlamentares tucanos. De acordo com o deputado estadual e líder do bloco da minoria na Casa, Gustavo Valadares (PSDB), a legenda não fará oposição ao Executivo e vai buscar trabalhar em favor de Minas Gerais.

“Essa foi uma conversa embrionária, na qual resolvemos a postura do PSDB para os próximos quatro anos. Definimos que seremos um partido com liberdade de atuação e visão crítica na ALMG. Sempre torcendo muito para que o próximo governo tenha êxito nas mudanças que venha a propor para tornar nosso Estado o que já foi um dia: uma referência em gestão para todo o Brasil e para o mundo. Essa é a nossa vontade e a nossa torcida”, declarou o deputado.

Questionado se o grupo vai representar o bloco independente no Legislativo mineiro, Valadares afirmou que não pretende dar esse nome para a ala, porque, para ele, essa denominação ficou “contaminada”. De acordo com o deputado tucano, o bloco independente, liderado pelo deputado estadual Agostinho Patrus (PV), sempre trabalhou em favor do governo de Fernando Pimentel (PT). “Não queremos usar a palavra ‘independente’, porque ela ficou contaminada em função da atuação de um bloco aqui, da Casa, durante os últimos quatro anos”, explicou o parlamentar.

O deputado estadual Dalmo Ribeiro (PSDB) reafirmou o posicionamento neutro da legenda. O parlamentar contou que o fato de Romeu Zema ter repensado a pauta das privatizações foi essencial para essa definição. “O que nos tranquilizou muito foi ele ter voltar atrás nas ideias de privatização das empresas públicas, como ele defendia no início de sua campanha”, explicou o deputado.

Quem também confirmou a postura dos tucanos na Assembleia Legislativa foi o deputado estadual Antônio Carlos Arantes (PSDB). Segundo ele, os interesses de Minas sempre vão estar à frente das conveniências pessoais dos deputados. “Nós vamos criar um bloco livre, que vai dar liberdade naquilo que for bom para o Estado. Se ficar claro que a proposta é boa para Minas, mesmo que venha a desgastar algum deputado, nós vamos apoiar. Aquilo que for bom para o deputado e ruim para Minas, não vamos apoiar”, disse.

Gustavo Valadares destacou ainda que, na conversa entre os deputados do PSDB, o sentimento de que o partido não deveria ser oposição ao futuro governo foi unânime. Segundo ele, as derrotas do PT nas eleições deste ano já foram uma vitória para eles. “Nosso adversário (Fernando Pimentel) foi derrotado nesta eleição de uma maneira fragorosa. O PT não conseguiu fazer o seu governador reeleito nem fazer sua ex-presidente da República Dilma Rousseff vencer a eleição ao Senado. Isso, para nós, já foi uma grande vitória”, declarou.

Bloco. Para conseguir formar um bloco na Assembleia Legislativa, são necessários, no mínimo, 16 deputados na composição. O PSDB mineiro elegeu para a próxima legislatura sete parlamentares.

“Partido precisa se refundar”

O deputado estadual Gustavo Valadares (PSDB) afirmou nessa terça-feira (30) que, depois dessas eleições, nas quais o PSDB sofreu grandes derrotas, é preciso reestruturar a legenda. Para ele, a sigla precisa ter posições mais firmes. “A visão de todos nós é que o partido precisa se refundar, precisa se mostrar mais claro em algumas posições, fazer um mea-culpa do que precisa ser feito”, disse.

Valadares contou que, ao longo da campanha, os deputados sentiram o descontentamento dos mineiros com a legenda. “É importante colocar que todos nós encontramos, ao longo dessa caminhada, muita rejeição ao PSDB aqui, em Minas”, contou o deputado.

Contudo, Gustavo Valadares ressaltou que essa atitude deve vir não só do Estado, mas de todo o partido. “Isso não vai depender só da bancada estadual na ALMG, caberá a todos os representantes e lideranças partidárias nacionais. É preciso que essa discussão seja feita com rapidez, sob pena de o partido acabar”, concluiu o deputado.

PTB, SD, PSD e PSC negociam para integrar grupo em 2019

Ainda sem bater o martelo, o PTB já sinaliza que deve compor o bloco pretendido pelo PSDB. Segundo o deputado estadual Arlen Santiago (PTB), o partido vai trabalhar em favor do Estado. “Pautas que forem positivas para os mineiros, vamos aprovar e lutar por elas. O que não avaliarmos dessa maneira, seremos contrários. O partido ainda não se reuniu, mas acredito que adotaremos o posicionamento independente”, disse.

O deputado estadual eleito Professor Wendel (SD) também afirmou que deve caminhar ao lado do PSDB. “A tendência é nos alinharmos. Já me reuni com o Alberto Pinto Coelho, ‘Betinho’, e devemos seguir juntos”, disse. De acordo com um interlocutor, PSD e PSC também devem compor o bloco. Nesse cenário, o grupo conta 19 parlamentares.

 


 

 

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