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Denúncias de desvio serão pauta de reunião do MDB mineiro
Saraiva Felipe vai convocar comando do partido na segunda-feira (12) 10/11/2018

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Saraiva Felipe
Saraiva Felipe preside comissão provisória que comanda o MDB em Minas Gerais
PUBLICADO EM 10/11/18 - 03h00

Os parlamentares da bancada mineira do MDB eleitos para a Câmara dos Deputados em 2014, supostamente beneficiados em esquema alvo da operação Capitu, que levou à prisão o vice-governador de Minas Gerais, Antônio Andrade (MDB), foram procurados nessa sexta-feira (9) pela reportagem de O TEMPO para comentar a acusação. Segundo o inquérito da Polícia Federal, uma propina de R$ 15 milhões vinda da empresa JBS foi repassada para eles em 2014 para garantir a eleição de Eduardo Cunha (MDB) à presidência da Câmara no ano seguinte.

A bancada mineira do partido que tomou posse na Câmara dos Deputados em janeiro de 2015 era formada por Saraiva Felipe, o ex-ministro Mauro Lopes, Laudivio Carvalho, que hoje é filiado ao Podemos, Leonardo Quintão, Newton Cardoso Jr. e Rodrigo Pacheco, que hoje faz parte do Democratas e foi eleito senador neste ano.

O deputado federal Saraiva Felipe respondeu que não foi repassado a ele nenhum valor na época. “Eu passei batido nessa. Não recebi nenhuma ajuda do diretório estadual. Não tenho informações para reforçar as investigações”, relatou. Ele também ressaltou que pertence a um grupo antagônico ao vice-governador no MDB mineiro. “Entrei na presidência da comissão provisória do partido há 90 dias no lugar do Antônio Andrade, que foi tirado pela direção nacional do partido. Então, eu não era próximo dele”, ressalta.

Saraiva disse que vai convocar, na segunda-feira, uma reunião entre os membros da comissão provisória do partido, que comanda a sigla desde a destituição de Antônio Andrade da presidência da legenda, para tratar das denúncias envolvendo os parlamentares da legenda. Segundo a assessoria de imprensa do senador eleito Rodrigo Pacheco (DEM), que integrou a bancada do MDB entre janeiro de 2015 a março deste ano, o episódio ocorreu antes da eleição do parlamentar à Câmara, “portanto nada tem a ver com ele”. Ainda de acordo com a equipe de Pacheco, a campanha do ex-emedebista foi 100% paga com recursos próprios.

Os deputados Newton Cardoso Jr., Leonardo Quintão, Mauro Lopes e Laudivio Carvalho não foram encontrados para comentar a denúncia até o fechamento desta edição.

Assembleia. O inquérito revelou também que Eduardo Cunha teria pedido à JBS mais R$ 30 milhões em financiamento de campanhas para deputados federais e estaduais. Esses candidatos teriam que indicar, nas prévias do partido, Antônio Andrade para vice-governador na chapa de Fernando Pimentel (PT) em 2014.

A reportagem procurou os dez deputados estaduais eleitos pelo MDB em 2014 para comentar a acusação. Um deles disse que não tem ciência desse acordo e que não participou de nenhuma reunião sobre o assunto. “Nunca ouvi falar disso. A gente não participava desses encontros porque não fazia parte da direção do Toninho no partido”, disse o parlamentar, que pediu anonimato.

O mesmo deputado disse que já esperava por algo como o que ocorreu nessa sexta-feira (9) com o vice-governador e o deputado estadual João Magalhães. “Era esperado, né?”.

Os demais deputados estaduais do MDB não atenderam as ligações nem responderam as mensagens enviadas pela reportagem durante todo o dia dessa sexta-feira (9).

Procurado na Assembleia, Cabo Júlio (MDB) disse que, por decisão judicial, não poderia se pronunciar, já que está condenado à pena de seis anos em regime semiaberto. O deputado foi preso em junho deste ano por envolvimento no Escândalo dos Sanguessugas, que, em 2006, desviou dinheiro público na compra de ambulâncias. 

 


 

 

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