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Apreensão pelo rompimento do talude pode durar meses, confirma Defesa Civil
Comandante afirmou que prazo para que a preocupação com as barragens de Minas acabe ultrapassa os próximos três anos 29/05/2019

 

Embora o prazo previamente dado pela Defesa Civil e a mineradora Vale para o rompimento do talude da mina de Gongo Soco, em Barão de Cocais, na região Central do Estado, tenha acabado no último sábado (25), não há previsão para que a situação seja normalizada.

Nesta quarta-feira (29), o talude se moveu por mais um centímetro, alcançando 22,1 cm de velocidade. Em alguns pontos isolados, atingiu 26,5 cm. A apreensão pelo rompimento do talude pode demorar meses, de acordo com a Defesa Civil.

"Na verdade, a gente não tem nenhuma ciência ou técnica que faça com que a gente acerte isso ou trace uma data definida. Mas fazemos o monitoramento de vários pontos do talude e, logicamente, se houver uma aceleração ou um movimento irregular, o alarme é tocado imediatamente", afirmou o comandante da Defesa Civil Marcos Pereira.

Ele ainda reafirmou o que já tinha sido dito nessa terça-feira, de que agora é grande a possibilidade de o talude ir se acomodando lentamente.

"O talude tem se movido de uma forma estável e gradativa, o que levou a uma mudança de probabilidade de que ele iria fazer um assentamento, um deslocamento para dentro da cava com menor probabilidade de se deslocar e cair abruptamente na cava. Então a preocupação do talude com relação a barragem é que ele provocasse uma onda de tremor, uma onda sísmica. A maior probabilidade é que esse talude vá se deslocar", informou o comandante.

Risco real de rompimento

A barragem Sul Superior, de acordo com a Defesa Civil, contudo, ainda corre risco de romper.

"A barragem ainda mantém-se no nível 3 e é por isso que os planos de emergência e de evacuação estão ativas e a zona de autossalvamento está toda evacuada. Há um risco real de rompimento da barragem, então por isso ela está no nível 3. A estrutura dela é feita de rejeitos e construída em um método a montante, o que garante pouca integridade estrutural. Ou seja, há uma fragilidade da estrutura da barragem", disse.

Preocupação por mais 3 anos

O comandante ainda informou que o prazo para que a onda de preocupação com as barragens de Minas Gerais acabe ultrapassa os próximos três anos.

"Esse cenário de barragem, até agora, não foi apresentada uma solução técnica para resolução desse problema de forma imediata. Esse descomissionamento levaria no mínimo três anos. Os especialistas nos alegam que ele também não pode ser feito de uma forma rápida, porque quanto mais rápido se esperar acelerar o processo, mais a gente coloca em risco o rompimento", afirmou.

 


 

 

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