Caso seja eleito prefeito de Belo Horizonte, Nilmário Miranda, candidato do PT ao cargo, vai atribuir à Guarda Municipal um papel relevante na prevenção de crimes, conforme ele afirmou.

“É preciso se definir melhor o papel da Guarda Municipal, que não é polícia constitucionalmente. Ela é guarda do patrimônio público para proteger escolas, parques, mas eu queria dessa guarda também um papel de mediação pacífica dos conflitos. E um papel educativo também, de ir até as escolas, falar do direito à segurança para as crianças e adolescentes, participar da formação deles”, destacou ele, após cumprir agenda com visitas e gravação de programas para TV e rádio no aglomerado da Serra, de manhã, e na Pedreira Padre Lopes, à tarde.

O petista ressaltou, no entanto, que é contrário à ação da Guarda Municipal como polícia. “Já temos polícia definidos, civil, militar e federal, cada um na sua atribuição, além do Corpo de Bombeiros, que pertence à Polícia Militar (PM)”, ponderou.

E exemplificou: “Grande parte da violência contra crianças e adolescentes se dá no interior das casas. Violência física e sexual contra as mulheres também. Por isso, ela (a Guarda) pode ter um papel muito importante na prevenção disso”, justificou.

O concorrente ainda destacou que a Guarda Municipal pode atuar em parceria com a PM.

“Temos que prepará-los para lidar com a violência contra as mulheres. Quando fui secretário dos Direitos Humanos, no governo passado, nós avançamos muito na parceria com a PM, para orientá-los a trabalhar com isso, E assim podemos fazer com a Guarda. Para poder prevenir, ela terá nosso total apoio”, disse.

Ainda sobre a questão da segurança pública, o postulante fez questão de elogiar a atuação da PM. Segundo Nilmário, a redistribuição do atendimento por toda a cidade e os postos móveis têm tido bons resultados.

“Eu acho que BH avançou muito com as bases móveis e também quando passou a ter um atendimento em toda a cidade, e não só para defender patrimônio dos mais ricos. BH localizou os pontos onde havia mais crime e mais violência e que não tinha policiamento”, observou.

Ainda segundo ele, as bases móveis foram muito elogiadas inclusive no Carnaval. “Quem vem de fora se sente seguro”, concluiu o candidato petista.