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Vaias e clima quente marcam reprovação de reuniões noturnas na Câmara
Com o auditório lotado, a discussão do projeto teve ânimos exaltados 15/03/2017

 

WESLEY RODRIGUES/DEFATO
O vereador André Viana, ao lado do presidente da Casa, Neidson Freitas (PP)Embora insatisfeito com a derrubada de sua proposta na Câmara de Vereadores de Itabira, André Viana (PTN) disse que a situação não o desanimou. O sindicalista endossou que manterá o tom e as reivindicações por mudanças no Legislativo. “O que aconteceu hoje é a demonstração de como será a minha postura nessa Casa. Embora não agrade a alguns, não agrade ao governo, ou a um colega que pense diferente, com todo o respeito, a demanda será debatida”, disparou o parlamentar, em entrevista à imprensa no fim da tarde desta terça-feira, 14 de março. 

A reunião desta tarde debateu o Projeto de Resolução 01/17, de autoria de André Viana, propondo transferência da ordinária para o período noturno – das 14h para as 18h, nas terças-feiras. Ao fim da votação e de argumentos incansáveis, o placar trazia infelicidade a Viana: uma derrota por pelo menos 12 dos colegas presentes. Favoráveis ao projeto foram somente Vetão (PSB) e Carlin Sacolão Filho (PTN). 

Espectador expõe cartaz no auditório. Foto: Wesley Rodrigues/DeFato 
 

Acalorada

Com o auditório lotado, a discussão do projeto teve ânimos exaltados. Foram à reunião diversas pessoas que apoiavam André Viana, com cartazes pedindo o “sim” à proposta. O autor da matéria chamou ainda um representante da Cemig ao plenário para fortalecer seus argumentos.

Ocorre que na semana passada, Viana foi questionado sobre gastos extras da Câmara para que a reunião ocorresse à noite. Entre os gastos, estaria o consumo maior de energia elétrica em período de pico. 

O gerente da seção de relacionamento com o cliente empresarial da Cemig, Lucimar Lucas Queiroz, respondeu às perguntas de Viana na tribuna para demonstrar ao público a viabilidade da mudança. O gerente disse que em quatro reuniões noturnas da Câmara, uma conta mais superficial traria gastos extras em torno de R$ 414 por mês – algo em torno de 5,6% na atual fatura do órgão público em uma situação mais desfavorável. Ou seja, quanto ao consumo de energia, os gastos teriam menor impacto financeiro. 

O representante da Cemig, Lucimar Queiroz. Foto: Wesley Rodrigues/DeFato
 

Contrários

O argumento não convenceu o plenário. O principal objetivo do vereador do PTN com a mudança de horário da reunião ordinária é permitir o maior acesso da comunidade às discussões. 

O veterano Solimar (SDD) citou que a experiência já ocorreu em outros tempos na Câmara de Itabira. Segundo ele, a mudança não foi bem-sucedida no intuito de envolver mais a população. 

Leandro Pascoal (PRB) opinou que a questão não é o horário, mas o interesse popular. 

Reginaldo Santos (PTB) defendeu a dificuldade da região de seu eleitorado, os distritos de Senhora do Carmo e Ipoema, na zona rural, ter acesso à reunião. “A população de lá não terá como participar, ora por transporte, ora por segurança durante a noite”. 

“Nenzinho” (PMN) destacou que a dificuldade é a mesma dos desempregados que estão nos bairros mais afastados do Centro de Itabira. “Como um desempregado poderá sair do Pedreira, e tantos outros, para poder acompanhar uma reunião até 21h?”, comentou, reforçando o preço caro da passagem (R$ 3,65) e a insegurança de se transitar pelas ruas durante a noite. 

Não faltaram posicionamentos contrários, sem falar num clima mais esquentado entre os vereadores. A cada comentário, havia uma vaia no auditório e um pedido de ordem pela mesa diretora da Câmara. 

Posto finalmente em votação, a proposta foi reprovada pela ampla maioria. Pelo teor, o projeto é de única discussão e votação. “Esperava com muita fé que fosse aprovado em respeito ao povo de Itabira”, comentou André Viana, indignado.

O assunto lotou o auditório. Foto: Wesley Rodrigues/DeFato

Outros projetos

Na reunião desta terça-feira, foi aprovado o Projeto de Resolução 05/17, de autoria da mesa diretora, que regulamenta a gratificação para servidores que atuarem na Escola do Legislativo Professor Paulo Neves. Para estimular servidores a participarem, a proposta define que será feito a bonificação de R$ 50 para cada hora atuada.

defato


 

 

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