De latinha em latinha, Bruno Henrique e Ana Cláudia conseguiram na tarde desse sábado, 8 de abril, finalmente realizar o grande sonho do matrimônio. Subiram ao altar em um sítio no Palmital, em Itabira.
Após a tradicional marcha nupcial, Ana Cláudia surgiu e foi a caminho do altar cantando. Com os olhos lacrimejando, acompanhada da avó e da mãe, ela encontrou com Bruno Henrique. A cerimônia foi marcada por muita emoção, declarações apaixonadas e muito romantismo. No final, os convidados se sentiram em um filme de romance e ainda puderam comtemplar uma lua cheia em meio ao céu azul.
Diante do sonho finalmente realizado, Bruno Henrique contou que o coração batia mais forte e já sentia saudade de tudo que viveram. “Um dia antes do casamento dizemos: ‘Ufa, fizemos tudo que tínhamos que fazer! Agora fica o sentimento de agradecimento”, disse. O sonho do matrimônio estava difícil de ser concretizado por causa da crise financeira e o casal ficou famoso em Itabira por juntar latinhas.
Para juntar dinheiro para o terno, véu, grinalda e tantos outros itens, eles recolheram, em um ano e alguns meses, 60 mil latinhas. Ana e Bruno agradeceram imensamente todos que colaboraram com a realização do sonho.
“Muito obrigada a todos que nos ajudaram. Familiares, amigos e toda Itabira que colaboraram com as latinhas. Muitos fornecedores e empresas nos ajudaram de forma sensacional. Agora fica o sentimento de gratidão”, disse Bruno.
Na festa de casamento, as latinhas fizeram parte da decoração, pintadas de branco e com mensagens positivas, como "amor, paz, amizade, companherismo e Deus".
O beijo
A expectativa pelo casório religioso era grande: o primeiro beijo deles foi dado no dia do “sim”. No final da cerimônia, o pastor anunciou que finalmente se tornaram marido e mulher. Mas, e o beijo? Ana e Bruno simplesmente desceram do altar e foram caminhando para a recepção.
Inconformados com a falta do beijo, os convidados diziam em coro “beija, beija, beija!”. O beijo tão esperado aconteceu no caminho da saída e acompanhado de diversas palmas e sorrisos.
Foi o primeiro namoro de cada um deles. A dupla de jovens evangélicos seguiu a linha do “Eu escolhi esperar”. Segundo eles, “o namoro por corte é um resgate de antigas veredas”.