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ESPORTE
Projeto social usa o futebol para ensinar sobre vitórias e derrotas dentro e fora dos campos
O professor Guilherme é mais um entre milhares de brasileiros que tentam a sorte no futebol. 26/04/2017

 

 
RODRIGO ANDRADE/DEFATO
O professor Guilherme prepara alunos para o Circuito Base Forte Itinerante no campo do bairro Fênix, em ItabiraO campo de futebol do bairro Fênix, em Itabira, ganha ares de escola quando o professor Guilherme Henrique Teixeira de Oliveira, 27 anos, dependura o apito no pescoço e espalha cones e bolas pelo gramado. A garotada, de colete, meiões e chuteiras, logo entende que é hora de viver o futebol. E de aprender lições que vão muito além das quatro linhas.Guilherme é responsável pela escolinha de futebol da Associação dos Comerciantes e Clientes do Bairro Machado e Região, um projeto social que trabalha com cerca de 60 garotos entre 7 e 17 anos. As aulas no bairro Fênix acontecem há um ano. Agora, professor e alunos trabalham forte de olho no Circuito Base Forte Itinerante, do Cruzeiro Esporte Clube, que acontece neste fim de semana, no Real, em ItabirO projeto social nasceu no bairro Santa Marta, há sete anos. Antes, Guilherme trabalhava com os garotos no salão, mas encontrou no bairro Fênix a oportunidade de expandir os treinos para o campo. O próprio professor, no entanto, diz que o futebol é apenas um pretexto para conduzir os alunos para outros aprendizados. “O esporte precisa ser algo que eles interessem e que ofereça uma perspectiva melhor de vida. É um espaço para socializar, conviver, respeitar, saber perder, saber dar a volta por cima. O esporte tem esse poder de restaurar as pessoas”, diz Guilherme.Para estar no projeto no bairro Fênix, os jovens precisam frequentar a escola regularmente. O treinador cobra os boletins periódicos com as notas dos alunos e exige também declaração dos pais ou responsáveis, além de exames de saúde. “Escola é o que a gente mais cobra. Eu costumo dizer que futebol é pretexto. Para praticar, tem que estar bem em outras áreas”, comenta o professor.


Professor Guilherme Oliveira desenvolve trabalho social no bairro Fênix                                                 Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

História no futebol

O professor Guilherme é mais um entre milhares de brasileiros que tentam a sorte no futebol. Natural de São Paulo, ele jogou em equipes pequenas do interior paulista e rodou por outras partes do país. Veio para Itabira para tentar ser jogador do Valério, mas não deu certo. Gostou da cidade e resolveu ficar. Foi para o futebol amador, onde teve as portas abertas para atuar fora das quatro linhas.

“Comecei com o Candeia, que tinha um projeto maravilhoso no Ferroviária. Foi ele que me motivou, sou muito grato a ele por isso. Hoje dou continuidade ao que aprendi”, conta Guilherme. Antes de ser treinador, ele atuou como preparador físico, massagista e preparador de goleiros.

No projeto do bairro Fênix, o treinador coloca em prática tudo o que vivenciou no esporte. As aulas estão ultrapassando o cunho social e gerando frutos esportivos. Da escolinha já saíram cinco jovens que passaram em testes e estão em categorias de base de clubes como o América Mineiro, Atlético Goianiense e Grêmio/RS. “Eu acompanho todos que querem os testes. Acompanho mesmo, vou com eles, dou todo apoio. Estou sempre em contato com treinadores, eles me ligam para saber sobre os nossos alunos aqui”, diz.


Projeto no bairro Fênix reúne garotos entre 7 e 17 anos                                                            Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

Ansiedade

Sobre o Circuito Base Forte Itinerante, Guilherme afirma que os alunos não aguentam mais de ansiedade. Ele avalia que esse tipo de competição só traz benefícios, porque motiva os jovens e os coloca em atividade.  “Os meninos adoram competir. Não pela questão de ganhar ou perder, mas por ter alguma coisa acontecendo. Acho que Itabira precisa movimentar nesse sentido. Os meninos querem estar em atividade. Para eles foi a melhor coisa”, comenta o treinador.

Guilherme diz esperar que a competição seja uma constante na cidade e que abranja, nas próximas edições, outras categorias. Neste fim de semana, os jogos serão entre equipes com idade sub-14. “Os meninos estão ansiosos e imaginando que encontrarão atletas profissionais por lá. O próprio Marco Túlio, o Didi... São caras que são referências para os meninos. Eles enxergam esses caras como vitrine do futebol. Isso contribui muito”, finaliza. 


Garotos controlam ansiedade para fazer bonito no Circuito Base Forte Itinerante                                     Foto: Rodrigo Andrade/DeFato

O evento 

O Circuito Base Forte Itinerante chega pela primeira vez ao interior de Minas Gerais em busca de novos talentos da bola. A competição é baseada no “futebol 7”, com sete jogadores na linha e um no gol. O objetivo é observar atletas nascidos em 2004 e 2005. Saiba mais clicando aqui

 

Evento: 1º Circuito Base Forte Itinerante - Cruzeiro Esporte Clube
Jogos: 29/04, sábado, de 8h às 18h e 30/04, domingo, de 8h às 12h
Local: Real Campestre Clube

Defato

 


 

 

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