
BRASÍLIA. O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador geral da República, Rodrigo Janot, concedeu mais 60 dias para a Polícia Federal (PF) investigar o senador Aécio Neves (PSDB-MG) no caso envolvendo propinas em Furnas. O tucano é investigado por suposta corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Datada de 23 de junho, a decisão foi tornada pública na última quinta-feira.
Este é um dos oito inquéritos junto ao STF envolvendo interferência em investigações, lavagem de dinheiro, caixa dois e recebimento de propinas que Aécio é investigado. O tucano ainda tem contra si uma denúncia por corrupção passiva e obstrução de Justiça no caso JBS.
Ao pedir a prorrogação do inquérito, Janot afirmou que a PF havia solicitado o aumento do prazo para terminar a investigação ‘tendo em vista que algumas das diligências necessárias à elucidação dos fatos investigados não puderam ser realizadas no prazo anteriormente definido’. Em nota, Aécio informou que tem prestado à Justiça todos os esclarecimentos necessários a provar a correção de seus atos.
Sem contato. Aécio e sua irmã Andrea Neves estão sem se comunicar mesmo após a decisão do ministro Marco Aurélio, do STF, que derrubou a restrição de contato entre o tucano e os demais investigados por suspeita de recebimento de propina da JBS. A decisão sobre a irmã do senador, que recebeu prisão domiciliar em 20 de junho, porém, veta a comunicação com outros investigados. A orientação da defesa é que os irmãos fiquem afastados. “Ela não pode ter contato. Vamos seguir rigorosamente o que foi estabelecido”, disse o advogado Marcelo Leonardo, que defende Andrea.