O clima de revanche entrou em campo na manhã deste domingo, 6 de agosto, no estádio Prudêncio Silva, o popular campo do Grêmio. Portuguesa e JV3 fizeram a grande final da Copa Itabirana de Futebol. Melhor para a equipe do bairro Pedreira, que venceu por 2 a 0 e ergueu a taça de campeão. Foi o revide, já que no ano passado, em decisão com as mesmas equipes, o JV3 havia levado a melhor na Copa Interbairros (Cibi).

A partida foi truncada na primeira etapa, com o JV3 atacando mais e a Portuguesa se defendendo e tentando estocadas nos contra-ataques. Os gols só saíram no segundo tempo, justamente quando o time do João XXIII apertava para tentar vencer o jogo. Mas em duas chegadas ao ataque, a Portuguesa matou a partida. O centroavante Jones Kennedy marcou aos 13 minutos, após domínio na área e um chute forte, sem chances para o goleiro adversário; e, aos 20, o lateral esquerdo Douglas Andrade anotou o segundo de pênalti.

Em 13 jogos na competição, a Portuguesa venceu 8, empatou 3 e perdeu outros 2. Foram 32 gols marcados e 15 sofridos. A equipe foi campeã com Paulinho; Lúcio Ferreira, Pablo Emerson, Teko e Douglas Andrade; Talles Willian, Janderson, Rayner Arantes e Natan Henrique (André Luiz); Jones Kennedy e Marcos Vinicius (Wagner e depois Esdras dos Santos). O técnico é Valter Heleno, mas na final o dirigente da equipe foi Suca, já que o comandante estava suspenso.

Premiações

Além das equipes campeã e vice, também foram premiados os times Sonocopo, em terceiro lugar, e Fênix, em quarto. O volante Denilson, do JV3, foi eleito o destaque do campeonato. Já Paulinho, da Portuguesa, ficou com o título de melhor goleiro.

Também receberam troféus a equipe do Inter, pelo Fair Play, e o atleta Daniel, goleiro do Social, de 16 anos, destacado como revelação da competição. Leonardo, do Thimello, foi o artilheiro do campeonato, com 16 gols.

Leonardo foi artilheiro do campeonato com 16 gols                                                                          

Alternativa

A partida final reuniu grande público no campo do Grêmio. Os torcedores levaram caixas de leite, que serão doadas a instituições beneficentes da cidade. Um dos organizadores da Copa Itabirana de Futebol, Heleno Magalhães, comemorou o sucesso da competição. Segundo ele, o campeonato surge como uma alternativa para o futebol de várzea do município, uma vez que a principal competição, o Campeonato Amador, sofre com a falta de verba.

“Graças a Deus deu tudo certo. A competição nasceu com o intuito de promover o futebol na cidade, foi o que a gente colocou como prioridade. Itabira tem talentos, tem ótimos jogadores. Hoje a gente teve uma final com a comunidade da Pedreira representada pela Portuguesa e a do João XXIII representada pelo JV3. Quer dizer, tem espaço para futebol. O esporte tem que ser promovido sempre. O esporte é união. Ano que vem, se Deus quiser, nós estamos aí de novo”, disse Heleno.

Jogadores da Portuguesa comemoram título com a torcida                                                                  

Presente à final, o secretário municipal de Esportes, Lazer e Juventude, Martinho Francisco, comentou que a organização da Copa Itabirana de Futebol, sem recursos públicos, deve servir de exemplo. “Eu acho de uma inteligência muito grande e que combina com o nosso momento. O Brasil, Minas Gerais e Itabira passam por momentos complicados financeiramente. A organização conseguiu montar um campeonato de maneira tranquila, mostrando que é algo viável. A gente tem que partir para este tipo de iniciativa. Os grupos precisam caminhar com as suas próprias pernas”, disse.