O áudio que circulou nas redes sociais nesta quinta-feira (31) em que o ex-prefeito Damon Lázaro de Sena (PV) critica o posicionamento dos seus correligionários e vereadores Rodrigo Alexandre Assis Silva “Diguerê” e Ronaldo Meireles de Sena “Capoeira” ganhou repercussão nos bastidores e foi respondido pelos vereadores. Em entrevista ao repórter Átila Lemos, Diguerê admite que a convivência com o ex-prefeito na mesma sigla “ficou insustentável”.
Itabira/MG – Em seu áudio Damon diz que sua vontade era expulsar os dois do Partido Verde (PV) devido ao posicionamento favorável ao atual prefeito Ronaldo Lage Magalhães (PTB). Em resposta às críticas, Rodrigo Diguerê (reeleito no PV com 1.710 votos) diz que concorda com o ex-prefeito quando ele afirma que só existem dois caminhos: “ou eles saem da sigla ou então tomam a frente do partido”.

“O partido tem várias pessoas filiadas que têm o meu respeito e claro que existem divergências de ideias, como é o caso do ex-prefeito Damon. Em relação a declaração em rede social, ele nada mais fez do que manifestar uma vontade e deixa claro que a nossa divergência em ideias não são pequenas, são grandes divergências. Concordo que nós só temos duas opções ou eu tomo o partido junto com o Ronaldo Capoeira e ele sai ou nos saímos pra outra sigla, mas de fato ficou insustentável a permanência política com ele no mesmo partido, sobretudo sob a justificativa de divergência de ideias”, disse o vereador.
Ao contrário do ex-prefeito, Rodrigo Diguerê demonstrou tranquilidade ao falar e evitou as críticas. De acordo com ele, a sua divergência com Damon é o campo político e não pessoal.
“Vou fazer contato com a executiva [do PV] e ver qual a visão deles sobre isso, qual o posicionamento e qual a decisão tomar. Nós podemos tomar a frente do partido, sem a permanência do ex-prefeito Damon ou podemos ir para uma nova sigla sem o menor problema. Quero deixar claro que estar no mesmo lugar político do que ele não faz referência à vida pessoal, tenho respeito a pessoa dele e desejo que ele seja feliz na medicina, com a família dele e que tenha sucesso na vida, mas temos que fazer essa ruptura porque o passado ficou lá atrás e não tem como viver de passado”, concluiu o vereador.