Os trabalhadores da Vale foram convocados pelo Sindicato Metabase de Itabira e Região para uma assembleia nesta quinta-feira, 14 de setembro, às 9h e às 18h, com a intenção de aprovar a pauta de reivindicação para o Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) de 2017/2018. A data base das negociações com a Vale nesta campanha salarial é 1º de novembro.
Todas reivindicações serão apresentadas aos trabalhadores nesta quinta-feira. Dentre as principais, o Metabase cobra da empresa um aumento referente ao índice de inflação acumulado nos últimos 12 meses (até novembro), mais o ganho real de 5%.
Quanto ao piso salarial, será exigido o repasse de R$ 1.800,00, decorrente do incremento do reajuste inflacionário, devido pela empresa aos trabalhadores e ainda com base na média nacional dos pisos pesquisados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Atualmente, o piso salarial da empresa é de R$ 1. 515,26.
A pauta de reivindicação deste ano cobra o retorno do Vale Cultura, cancelado pela empresa no ano passado. De acordo com a reivindicação, a empresa concederia aos funcionários e seus dependentes o vale-cultura no valor mensal de R$ 250,00. O dinheiro garantiria aos empregados o acesso a atividades de cunho artístico e cultural, além da aquisição de bens artísticos, culturais ou informativos.
De acordo coordenadora do departamento jurídico do Metabase, a advogada Rosilene Félix, o principal desafio deste Acordo Coletivo será manter as conquistas dos trabalhadores com a nova legislação trabalhista, que entra em vigor no dia 14 de novembro. Nestas negociações, ressalta a advogada, o Metabase tenta garantir o reajuste salarial e também a manutenção dos direitos, como, por exemplo, o pagamento das horas in itinere.
Com a nova legislação a empresa pode deixar de pagar este benefício, que é referente ao tempo gasto pelo trabalhador para chegar ao seu local de trabalho ou à sua residência, quando não servido por transporte público regular.
“O nosso principal desafio é lutar contra as perdas da Reforma Trabalhista neste acordo. Nós precisamos contar com a participação ativa do trabalhador, para que ele se sinta parte desta acordo, para que eles saibam que, se não apoiarem o Metabase na luta, eles correm o risco de perder vários direitos adquiridos durante todos estes anos”, disse a advogada.