O monlevadense Lamarck Lopes viu de perto a destruição e a tragédia do terremoto que atingiu o México nessa terça-feira, 19 de setembro. Ele mora na Cidade do México, capital do país, onde possui um café. Em relato reproduzido pelo Jornal A Notícia, Lamarck contou que estava no banco na hora do terremoto e que sentiu toda a ação sísmica.

“O banco tremeu, o alarme de terremoto foi acionado, os vidros se soltaram. Eu corri para a rua e me agarrei a uma árvore, mas ela também começou a se soltar do chão, como se fosse de papel. O chão também começou a se abrir, vários prédios caíram”, diz. Ele também informou que um encanamento de gás de um prédio que desabou próximo de onde estava explodiu e que ele foi arremessado com o impacto.

Apesar do grande susto, o monlevadense não se machucou e passa bem. Lamarck ainda disse que o apartamento em que morava foi destruído parcialmente e que está hospedado na casa de uma amiga. Ele pediu ajuda à Embaixada Brasileira, porque a Defesa Civil Mexicana disse ser impossível ficar no imóvel. De acordo com ele, o café do qual é proprietário ficou intacto. 

O monlevadense também relata a solidariedade dos mexicanos, que oferecem ajuda e não negam apoio às vítimas. “A solidariedade do povo mexicano é incrível. Recebi diversos convites para me hospedar. São pessoas muito fortes e que estão ajudando muito. Tenho muito o que agradecer”, conta. 

Terremoto

O forte terremoto deixou um rastro de destruição, mortes, feridos e pânico no país. O epicentro do sismo, de 7,1 graus de magnitude, foi a cerca de 12 quilômetros da localidade de Axochiapan, no Estado de Morelos (centro do país), mas o tremor de terra foi sentido na Cidade do México, onde dezenas de prédios caíram. Várias pessoas morreram nas localidades atingidas, mas as autoridades mexicanas ainda seguem contabilizando os mortos e feridos na tragédia.

O terremoto ocorreu apenas dez dias depois de outro tremor de terra, de magnitude 8,2 graus na escala de Richter, sacudir o sul do país e deixar mais de uma centena de mortos nos Estados de Oaxaca, Chiapas e Tabasco. Até a noite desta terça o Governo brasileiro não tinha informações sobre cidadãos do Brasil entre os mortos e disponibilizou um número de emergência.