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Tragédia de Mariana: Atingidos reclamam de demora em reconstruir distritos
Perto de completar dois anos do rompimento da barragem, moradores ainda esperam por indenizações; MP entrou com ação para Samarco cumprir cr 05/11/2017

 

Bento Rodrigues foi destruído pelo rompimento da barragem de Fundão (Foto: Raquel Freitas/G1)

Moradores atingidos pelo rompimento da barragem de Fundão, da Samarco – controlada pela Vale e pela BHP Billiton –, reuniram-se neste sábado (4), em Mariana, para reclamar da demora nas indenizações e na reconstrução dos distritos destruídos. O desastre que deixou 19 mortos e devastou o Rio Doce completa dois anos neste domingo (5).

O encontro deste sábado reuniu moradores de três distritos destruídos pela lama: Bento Rodrigues, Paracatu de Baixo e Gesteira. Dois anos depois, ninguém sabe quando será reassentado definitivamente. Até agora, as obras de reconstrução das comunidades não começaram. A promessa da Renova é entregar as casas no primeiro semestre de 2019. As famílias temem que o prazo não seja cumprido.

O promotor Guilherme Meneghin disse que na última quarta-feira (1º) entrou com uma ação civil pública para que a Samarco cumpra o cronograma de reassentamento dos atingidos. “Nós entramos com mais uma ação, dessa vez cobrando que a empresa cumpra, que as empresas e a Fundação Renova cumpram com o dever de fazer o reassentamento das vítimas até o dia 31 de março de 2019 como prometido, sob multa de R$ 20 milhões por dia de atraso”, afirmou.

De acordo com Meneghin, foi pedido ainda a intervenção judicial da empresa caso a Samarco não compra os seus deveres. “Essa ação é necessária, porque todos os problemas que foram relatados são frutos de um padrão de atuação desrespeitoso, com ausência de transparência, que levou aos atrasos no reassentamento”, disse.

Moradores e crianças montaram uma exposição em homenagem a Bento Rodrigues. “Acho que vai ser sossegado igual ao outro, andar de bicicleta igual eu andava, brincar de amarelinha”, contou João Pedro Alves de Souza, de 7 anos.

A esperança é um contraste com a realidade. O novo Bento nem começou a ser construído. O projeto original precisou ser refeito por causa de problemas ambientais. Parte do que sobrou do distrito virou uma represa para a construção de um dique que impede que o rejeito de minério que ainda está na barragem que se rompeu vá para os rios. O alagamento é temporário. Mas, o aposentado Manoel Marcos Muniz que teve as terras alagadas está preocupado.

“No dia 5 de novembro fomos arrancados, fomos expulsos dali, mas continuamos frequentando ali e não queremos que Bento Rodrigues vire barragem queremos preservação”, destacou o aposentado.

A Fundação Renova, responsável pela recuperação da área atingida, disse que o cronograma de reassentamento dos moradores dos três distritos está mantido para o primeiro semestre de 2019. E que as obras em Bento Rodrigues não começaram ainda por causa de regulamentações municipais e estaduais. Nas outras duas comunidades, segundo a Renova, os projetos estão na fase de compra dos terrenos.

 


 

 

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