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Divisão interna persegue o PSDB
Sigla que esteve rachada nas três últimas eleições volta a se mostrar indefinida para próximo pleito 05/11/2017

Geraldo Alckmin e João Doria
Geraldo Alckmin e João Doria disputam a indicação do partido para a vaga ao Palácio do Planalto nas eleições de 2018
 

Ao longo dos anos, já tornou-se comum, em época pré-eleitoral, o PSDB não ter definido quem o partido lançará como candidato à Presidência da República. É assim desde 2002, eleição na qual a legenda perdeu o poder para o PT, após oito anos do mandato de Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Aos poucos, membros do partido começam a debater se a divisão interna pode estar por trás do insucesso eleitoral no plano nacional, apesar da força que a legenda tem demonstrado nos Estados e nos municípios.

Hoje os nomes que aparecem nas pesquisas de opinião e que brigam pela candidatura são os do prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), e do governador do Estado paulista, Geraldo Alckmin (PSDB). Recentemente, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio (PSDB), apresentou-se como candidato ao Palácio do Planalto, mas seu nome tem menos apelo na legenda.

Nas últimas eleições, em 2014, a competição no partido era entre o senador Aécio Neves (PSDB), que acabou tornando-se o candidato, e o governador de São Paulo. Quatro anos antes, brigavam para concorrer ao posto, José Serra (PSDB), o escolhido, e Aécio. Em 2006, a guerra inteira era entre Serra e Alckmin.

O presidente do PSDB de Minas, Domingos Sávio, avalia que essa disputa frequente pode ser um dos motivos para o partido não ter tido sucesso nas últimas eleições. “Essa indecisão pode, sim, ter influenciado”, diz. Ele afirma que, quando há essa situação, pode acontecer de os cabos eleitorais que apoiam um determinado político ficarem com raiva por ele não ter sido escolhido e não trabalharem para o candidato oficial do partido. “Já vi isso acontecer aqui em Minas. Muitos cabos eleitorais acabam puxando o tapete do candidato que não era o dele. Por isso, quando o candidato é escolhido previamente, com união partidária, todos trabalham por ele”, explica.

O deputado federal e vice-presidente do PSDB em Minas, Paulo Abi-Ackel, tem outra opinião. Ele considera que essa diversidade de possíveis candidatos é comum em um partido plural como o PSDB. “É natural em um partido como o PSDB, que possui fortes correntes em diversas regiões, que surjam candidatos. Considero isso uma virtude. Mostra que temos vários nomes de qualidade”, afirma.

O cientista político da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Paulo Roberto Figueira explicou que essa não é a questão central que leva o PSDB a perder as eleições, mas com certeza é um ponto a ser considerado. Ele afirma que o PSDB é um partido formado por parlamentares e com pouca base social, de militância, e, por esse motivo, o apoio interno é mais fraco. “As decisões do PSDB são sempre tomadas pela cúpula, por quatro ou cinco caciques, e nunca levam em consideração as bases do partido. Isso dificulta uma candidatura em que a maioria trabalhe a favor”, analisa.


 

 

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