Um grupo cristão fará em Itabira, na terça-feira, 7 de novembro, a “Marcha da Inocência”. Segundo organizadores, o ato é uma iniciativa "contra a pedofilia e a erotização infantil". A concentração será às 17h em frente à Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade, no Centro, de onde os manifestantes seguirão até a Praça da Rodoviária.
A marcha é organizada pela Associação de Assistência Social Filadélfia de Itabira, ligada à igreja evangélica Assembleia de Deus. O vice-presidente da Câmara, vereador André Viana (Pode) é um mobilizador da passeata.
O ato foi organizado após polêmicas nacionais envolvendo a exposição “Queermuseu”, que tinha como mote a diversidade e as questões LGBT, e uma apresentação no Museu de Arte Moderna de São Paulo, onde uma menina, acompanhada da mãe, foi filmada tocando no pé do artista fluminense Wagner Schwartz, que fez performance nu.
O grupo itabirano também protesta contra o que considera “ideologia de gênero”, em atenção a temas que envolvem diversidade sexual e gênero.
Em vídeo publicado nas redes sociais, o pastor Luiz Henrique da Silva, da Assembleia de Deus de Itabira, convoca participantes à marcha.
“Chegou a nossa vez de protestar em alto e bom som contra o desrespeito à família, o desrespeito à infância, contra a ideologia de gênero, contra a pedofilia e toda a imoralidade da rede Globo, deixando um alerta: a família educa e a escola ensina”, prega o líder religioso.
Projeto de Lei
Antes da passeata, o grupo participará da reunião ordinária da Câmara de Vereadores.
Tramita na Casa o Projeto de Lei 67/2017, do vereador André Viana, que “dispõe sobre o respeito dos serviços públicos municipais à dignidade especial de crianças e adolescentes”.
O autor pretende, com a matéria, reforçar leis federais já existentes que proíbem a divulgação ou acesso de crianças a conteúdos pornográficos/ obscenos em campanhas ou eventos patrocinados com dinheiro público.
Segundo André Viana, está havendo um “atentado nacional contra as crianças”.