Durante a quarta rodada de negociação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT 2017/18) realizada na terça e nesta quarta-feira (7 e 8 de novembro), em Belo Horizonte, a Vale voltou a apresentar proposta que desagradou ao Sindicato Metabase. Sem consenso, os sindicalistas voltaram a criticar a postura da mineradora.
Após dois dias de negociações, a direção da empresa apresentou como novidade a manutenção da décima terceira parcela no cartão alimentação, o que corria o risco de ser cortado. O benefício deverá ser pago em até 10 dias após a assinatura do acordo. Mantendo todas as propostas da última rodada, a empresa, segundo o Metabase, voltou a negar o ganho real de 5% cobrado pela categoria e continuou oferecendo o acumulado da inflação, calculada com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que não deve atingir 2% este ano. O mesmo índice foi oferecido para a 13ª parcela do cartão alimentação, que hoje é R$ 700,00.
O corte nos procedimentos de ortodontia e implantodontia da Assistência Médica Supletiva (AMS), segundo a direção da empresa, será a partir do dia 1º de dezembro. Outro posicionamento que gerou a revolta dos sindicalistas é a exigência de que o acordo seja fechado até 30 de novembro. Para o presidente do Sindicato Metabase, Paulo Soares de Souza, “é um absurdo o que a empresa está fazendo com os trabalhadores”.
“Depois de dois dias de discussões fortes a empresa persiste em cortar os benefícios dentários e a hora in itinere. De imediato rejeitamos, porque não tem como levar esta proposta para categoria. A Vale está abusando do momento e a nossa posição é forte, não vamos ceder à empresa”, garantiu o presidente do Metabase.
A Vale não comenta sobre negociações salariais.