O prefeito Ronaldo Magalhães (PTB) falou na última quarta-feira, 8 de novembro, durante entrevista coletiva, sobre a iniciativa da atual administração de leiloar lotes em vários bairros do município. Segundo o chefe do Executivo, o governo pretende arrecadar montante próximo ou superior a R$ 12 milhões. O projeto, no entanto, encontra resistência na Câmara de Vereadores e não deve ser votado na próxima semana.
O projeto relaciona 51 lotes em vários pontos da cidade. Os mais caros estão na avenida Mauro Ribeiro, no bairro Esplanada da Estação, avaliados em mais de R$ 1 milhão. A soma dos preços iniciais de todas as áreas supera R$ 10 milhões, mas, como se trata de um leilão, a expectativa é de se atingir valor consideravelmente maior.
O dinheiro arrecadado, de acordo com o prefeito, será usado para obras de infraestrutura. Boa fatia irá para a construção de 400 apartamentos populares, já liberados pelo Ministério das Cidades. No acordo costurado pela Prefeitura de Itabira com a Caixa Econômica Federal, o município vai conceder o terreno e a infraestrutura para a construção das moradias. Ronaldo Magalhães estipula que a administração arque com até R$ 4 milhões para os apartamentos saírem do papel.
Além das pretensões financeiras, o prefeito disse que a venda dos lotes também pretende minimizar a dor de cabeça que a Prefeitura tem com invasões. “Quase todos os finais de semana um lote é invadido. Aí temos que mobilizar equipe para fazer a retirada”, comentou o chefe do Executivo.
Na Câmara
O projeto de leilão de lotes é alvo de polêmica na Câmara de Vereadores. A matéria chegou a ser discutida na última segunda-feira, 6 de novembro, durante reunião de comissões e ficou definido que não entraria na pauta do dia seguinte. Porém, o PL foi inserido na ordem do dia pelo presidente da Comissão de Legislação, Justiça e Redação, Heraldo Noronha (PTB), o que incomodou os colegas. Na reunião de terça-feira, no entanto, o projeto foi retirado novamente.
Nessa quinta-feira (9), os vereadores voltaram a discutir o projeto e decidiram montar uma comissão para visitar todos os lotes. Os parlamentares disseram que querem ter certeza de que as áreas são realmente inutilizadas.