Parece brincadeira o que se passou e se passa com o ser humano na face da Terra. Ele ainda não desconfiou de nada e também não manjou que sem dar respostas a algumas perguntas jamais teria outros esclarecimentos sobre a vida. Comparando, seria como se você não soubesse como se faz as quatro operações da aritmética, assim não conseguiria resolver equações e outros problemas. São questões que podem ser assim enumeradas:
1.Que mundo é este?
2.Por que ele existe?
3. Quem somos?
4. O que estamos nós fazendo nele?
5. O que precisamos fazer para cumprir a nossa parte?
Porque tudo parece segredo, mistério, enigma nasce a confusão e se apresenta diante de nós um muro intransponível. Você não sabe onde e como começar, o limite tem que ser a consciência plena do princípio de tudo. As pessoas tentam resolver na maior boa vontade, mas ninguém consegue. E, aos poucos, o cerco vai sendo apertado e teremos que nos virar: ou resolvemos ou padecemos. Estamos irrequietos dentro deste “ou vai ou racha!”.
Um projeto importante já foi transformado em lei e inserido no Dicionário de Leis Naturais — “Este não é o nosso mundo definitivo”. Digo incontestável porque tenho convicção, embora dê liberdade a todo e qualquer ser humano de apresentar as suas razões de discórdia, democraticamente. Repito o desafio: espero que um amigo, inimigo, culto, inculto, sábio, ignorante, os que desejaram venham com os seus argumentos e me derrubem. Ou me desmascarem. E vamos caminhar juntos, mesmo discordando um do outro. Mudo a lei caso seja ela contestada.
Imagino que se um ET por aqui aparecesse, se é que ele existe (e talvez exista mesmo), seja qual for o seu grau de evolução, vai rir de nós se souber que o ser humano chegou a um desenvolvimento tão impressionante, na tecnologia digital, nas invenções da informática, no campo da navegação marítima e nas aventuras aéreas e interplanetárias, em então já deveria saber dar resposta às questões enumeradas no topo deste texto. E ele anotará, com certeza, no seu caderninho de apontamentos, o seguinte: só o homem desta Terra não encontrou uma forma de entendimento entre si.
Há os cabeças-duras. Dia destes tive que me calar diante de um amigo que insistia em denominar o cidadão de esquerda como mais inteligente que o de direita. Outro invertia as posições e brigava pela sua opinião. É preciso que cada ser estudioso, ao analisar qualquer período da história, saiba transportar um acontecimento de uma época para outra. Tudo se transforma, tudo muda. O anacronismo não pode atrapalhar o entendimento dos grandes cientistas, historiadores e estudiosos. Anacronismo é admitir que não mudamos de uma época para a outra, ou que a Idade Média seja o tempo do Modernismo.
O mundo pega fogo. Abram as páginas de jornais, sejam as políticas, esportivas e, é claro, policiais, até religiosas, nelas estará sempre gravada a expressão “crime organizado”. Alguém pensa que o bandido tem espaço, tempo, liberdade e tranquilidade para criar uma universidade, faculdade, associação, sociedade, entidade ou partido político do crime organizado e cunhado com tal nome? É bom dizer que as tendências os vão ajudando a caminhar para esse maior escândalo que ocorreria no mundo. É verdade que já existem, desde muito tempo, grupos terroristas que reivindicam atentados, guerrilheiros que defendem o lado podre da humanidade, máfias e o que pensarem para tornar a vida insuportável. Alguns ainda agem na clandestinidade.
Só falta agora uma pergunta: por que não criar entidades com os nomes “Paz Organizada?” Ou “Defesa do bem?” Ou “O bem vence o mal?” Isso pode ser feito ainda às abertas. Podemos convocar líderes religiosos, estudantis, donas de casa, intelectuais, trabalhadores, partidos políticos, associações, sindicatos, entidades, grupos de faixas etárias diferentes, de ambos os sexos, para discutir uma questão tão gratificante que é a paz. Alguém começará a estabelecer estratégias, formar um organograma para atuar e estabelecer um cronograma de ações. E por aí, milhões de anos depois, o ser humano pode encontrar o verdadeiro caminho que, com certeza, salvará o Planeta Terra.