Os estudantes de escolas da rede estadual de ensino de São Paulo e de Etecs (Escolas Técnicas) ocuparam o Centro Paula Souza para protestar contra os esquemas de desvios de verba para a compra da merenda escolar, os problemas com merendas nas Etecs e Fatecs e os cortes nos repasses para a educação.
Os estudantes afirmam que a ocupação continua e que a polícia entrou ilegalmente no edifício. Já a PM anunciou que a ocupação pode continuar e que o objetivo é garantir a entrada dos funcionários no prédio.
Quando os policiais chegaram ao local, foram recebidos com palavras de ordem como: "sem violência" e "prisão para quem roubou merenda".
O Secretário da Segurança Pública, Alexandre de Moraes, esteve no local acompanhado pela diretora-superintendente da instituição, Laura Laganá. Os dois conversavam com a PM em um galpão, ao lado da instituição.
O Centro Paula Souza é uma autarquia do Governo do Estado de São Paulo, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Inovação (SDECTI). A sede invadida pelos estudantes reúne a administração central do Centro Paula Souza, a Etec Santa Ifigênia e o Centro de Capacitação.
Reintegração de posse
A Justiça determinou a reintegração de posse do local, que está ocupado desde a tarde de quinta-feira (28). Por causa da ocupação, os portões da Etec Santa Ifigênia estão trancados com cadeados e os alunos não tiveram aula.
Além do Centro Paula Souza, a Escola Estadual Fernão Dias, em Pinheiros, na Zona Oeste, também está ocupada. A escola foi uma das primeiras a ser ocupada durante um protesto de estudantes contra a reorganização escolar proposto pelo governador Geraldo Alckmin (PSDB), entre novembro e dezembro de 2015 e janeiro de 2016.
Estudantes que ocuparam a Fernão Dias dizem que a Secretaria da Educação descumpriu ordem da Justiça de suspensão da reorganização escolar em 2015 e fechou salas de aula em algumas escolas.