Protesto foi na porta do escritório da Fundação Renova (Foto: Patrícia Belo/ G1)
Moradores protestaram na porta do escritório da Fundação Renova em Naque, no Vale do Aço, na manhã desta quarta-feira (4). Eles cobram pagamento de indenização após o rompimento da barragem de rejeitos de Mariana, ocorrido em novembro de 2015.
Segundo a militante do Movimento dos Atingidos por Barragens, Raphaela Rodrigues Pereira, em uma reunião realizada na última semana eles foram informados que somente os pescados que moram a mil metros do Rio Doce receberiam a indenização.
"Muitas pessoas daqui pescam no Rio, mas a distância da mais de mil metros e eles ficam prejudicados. Estamos com um histórico de lutas sem respostas da Fundação Renova. Sempre dialoga e nunca chega a lugar nenhum", disse.
O pescador amador Waldir Alves de Souza disse que há mais de dois anos entrou com processo para ser indenizado e ainda não obteve resposta. "Eu sou aposentado não sobrevivia da pesca, mas me sinto prejudicado com o problema do Rio porque tenho os equipamentos e diariamente ia pescar, mas hoje já não nosso fazer isso. É triste" disse.
O que diz a Renova
Em nota, a Fundação Renova afirma que as políticas de indenização do Programa de Indenização Medida (PIM) foram construídas em conjunto com os atingidos, se valendo de estudos e embasamentos de entidades técnicas e órgãos públicos. Segundo a Renova, essas referências são usadas para balizar suas políticas de indenização e o produto final foi compartilhado com todos os envolvidos em seu sistema de governança.