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Secretaria de Saúde quer que todos os PSFs realizem testes rápidos de HIV/Aids
O SAE/CTA de Itabira quer que a partir da próxima semana, todos os postos do Programa Saúde da Família (PSF) realizem testes rápidos de HIV/ 02/06/2016

 

Mariana Reis
 
MARIANA REIS/DEFATO
A psicóloga Janaína Ávila disse que o fator mais importante do HIV/Aids hoje em dia não é o vírus, mas a depressão que acomete nos infectados
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O combate ao HIV/Aids foi o tema central da reunião do Conselho Municipal de Saúde (CMS) de Itabira, que aconteceu na tarde desta quarta-feira, 1º de junho, no Plenário da Câmara Municipal. Integrantes da Coordenação dos Programas Especiais de Doenças Infectocontagiosas e do Serviço de Atenção Especializada em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais falaram sobre expectativas, índices e campanhas na cidade.

 

A diretoria para Coordenação dos Programas Especiais de Doenças Infectocontagiosas foi criada em setembro de 2014 em Itabira. Desde então, ela reorganiza e auxilia na potencialização dos programas. Proporcionando também, caráter educativo e preventivo. O programa conta com dois enfermeiros, uma médica infectologista, duas psicólogas e uma assistente social.

A psicóloga do Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), que em Itabira se localiza na Policlínica Municipal de Saúde, Janaína Ávila, disse que desde 1998, o índice de jovens contaminados com a doença, principalmente de mulheres, só aumenta em Itabira. “A maioria são meninas de 13 a 24 anos”, disse.

De acordo com a psicóloga, o mais preocupante da doença é o psicológico. “Sabemos que o que mata hoje não é o vírus, mas sim a depressão causada por ele”, argumentou Janaína. Todos os exames positivos de HIV/Aids são encaminhados primeiramente para o Serviço de Assistência. “Primeiro chega para a gente. Depois encaminhamos para os profissionais dos PSF, que sabem todas as orientações para falar com o paciente”, explicou.

A enfermeira do Serviço de Atenção Especializada em IST, HIV/Aids e Hepatites Virais, Maria Marta, disse que, observando as campanhas educativas pelas escolas da cidade, a primeira reação dos jovens é a vergonha. “Eles sentem vergonha de perguntar sobre sexualidade. Também noto que eles desconhecem sobre o funcionamento do corpo, mas depois acontece uma adesão.Sempre no início existe muita vergonha e risada”, contou.

Mais pontos de testes

A Policlínica e o Pronto-Socorro Municipal são os únicos lugares de Itabira que possuem os remédios para tratar o HIV. Sendo que no Pronto-Socorro, eles são utilizados somente em emergências. A medicação para tratamento do HIV é fornecida pelo Governo Federal e segundo as profissionais, nunca faltam em Itabira. “São mais de 20 tipos de remédios. Eles ficam somente na Policlínica para centralizar o programa, porque tudo é acompanhado. Muitas medicações geram efeitos colaterais”, explicou a enfermeira Maria Marta.

Segundo dados do Serviço de Assistência Especializada/Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA), Itabira possui 336 usuários cadastrados, infectados com o vírus HIV/Aids e que se tratam, sendo 200 masculinos e 136 femininos. Em 2015 foram 18 novos usuários, já em 2016, três até o momento. Metade destes usuários é dos municípios da microrregião. Desde 1980, a cidade registra simetria na razão de sexo. Os dados também mostraram que em 2014, quatro gestantes foram infectadas, sendo que duas detecções foram realizadas ainda no pré-natal.

Atualmente, o teste rápido de anti-HIV é realizada somente na Policlínica. “O profissional do Programa Saúde da Família (PSF) encaminha o paciente para a Policlínica para ele fazer o teste rápido, que fica pronto em até duas horas”, disse Maria Marta. Segundo a enfermeira, a intenção, é que a partir da próxima semana, os testes rápidos possam ser realizados em todas as unidades do PSF. “Todos os profissionais já foram treinados”, completou.

A superintendente da Policlínica, Lídia Pena, disse que o preconceito ainda é muito visível na cidade. “Temos pacientes que vivem isolados da família, outros não tem nem o que comer. O conhecimento sobre a doença ainda é muito pequeno”, contou Lídia. “É um problema social seríssimo”, ressaltou Maria Marta.

 

 


 

 

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