Na noite desta quinta-feira, 2 de junho, aconteceu a Audiência Pública para elaboração do Plano Decenal da Cultura de Itabira, no Plenário da Câmara de Vereadores. O evento foi promovido pelo Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC) e pela Comissão de Cultura do Legislativo, em parceria com a Prefeitura, por meio da Fundação Cultural Carlos Drummond de Andrade (FCCDA).
Um dos objetivos do encontro foi o debate de diretrizes para a elaboração do Plano Municipal de Cultura (PMC), instrumento de planejamento estratégico que organiza, regula e norteia a execução de políticas voltadas à área cultural para os próximos dez anos. O principal objetivo do Sistema Municipal de Cultura (SMC) é fortalecer as políticas culturais do município, com a participação de toda sociedade. Lembrando que em 2013, Itabira passou a fazer parte do SMC, e em 2014 foi aprovado pela Câmara Municipal o projeto lei que regulamentou a inclusão.
A vereadora Marcela Cristina Lopes da Silva, a presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), Rosa Márcia Silva do Costa, e o superintendente da FCCDA, Marcos Alcântara, apresentaram os eixos do Plano. Todos enfatizaram que o crescimento cultural da cidade está ligado ao turismo. “Nossa história tem que ser preservada”, disse Marcela, lembrando que Itabira é terra do Poeta Maior Carlos Drummond de Andrade.
Marcos Alcântara lamentou o Plenário estar vazio, diante da discussão de um tema tão importante para a cidade. “Seria interessante se a casa estivesse mais cheia”, disse. As pessoas presentes não chegaram a encher nem um terço do local.
Propostas
Militante na cultura há muitos anos, Miriã Fonseca, ex-presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), disse que três, entre as 88 propostas, são mais importantes: 1% da arrecadação do município seja destinado para o Fundo Municipal de Cultura, Formação Técnica e Aparelhamento Cultural da Cidade. “Sem apoio, sem aporte, sem qualificação e sem apoio financeiro, é meio que ‘chover no molhado’, porque se não daqui a dez anos estaremos falando de novo das mesmas mazelas que temos hoje e que tínhamos há dez anos”, argumentou.
De acordo com Miriã, o aparelhamento cultural da cidade precisa ser revitalizado. “Além disso, precisamos fazer a identificação de todos esses indicadores culturais no Ministério da Cultura”, completou. “O artista itabirano e o povo de Itabira precisam entender que o aparelhamento cultural pertence a eles”, ressaltou.
As outras 85 propostas serão divulgadas nesta sexta-feira, 3 de junho, no site da FCCDA.
Próximas etapas
Segundo a presidente do Conselho Municipal de Política Cultural (CMPC), Rosa Márcia Silva do Costa, agora que as 88 propostas já foram apresentadas, haverá fóruns pelos seguintes bairros e distritos: Gabiroba, Pedreira, João XXIII, Centro, Carmo e Ipoema. “Assim conseguiremos novas ideias, não só as 88 propostas”, comentou.
A Audiência Pública final será no dia 28 de julho, na Câmara Municipal de Itabira, onde acontecerá a aprovação ou não do Plano Decenal.
Confira programação completa:
