O candidato do Novo ao governo de Minas Gerais, Romeu Zema, afirmou que vai restaurar todos os repasses do Estado às prefeituras, colocando em dia a dívida que hoje chega a R$ 9 bilhões, segundo a Associação Mineira dos Municípios (AMM). Para isso, ele diz que vai fazer um rigoroso ajuste fiscal, com corte de despesas para aumentar o caixa dos cofres estaduais. Nesta segunda-feira (22), o empresário fez campanha em Uberlândia, no triângulo.
Segundo Romeu Zema, o governo de Minas fechará o ano em situação crítica e precisará de um grande esforço para equacionar as contas, principalmente porque a gestão atual desrespeitou a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “O Estado está terminando o ano sem caixa para cobrir despesas contratadas em 2018, o que é proibido pela LRF. Nosso plano de governo contempla a restauração de todos os repasses, com o equacionamento das contas e um rigoroso enxugamento da máquina pública. O rombo deixado por governos anteriores já ultrapassa os R$ 11,4 bi e exige medidas enérgicas para que o déficit fiscal de Minas seja equilibrado”, afirmou.
Estratégia
Para conseguir alcançar essa economia, o candidato do Novo disse atacar regalias e adotar medidas para aumentar a arrecadação. “O corte de privilégios está na ordem do dia, assim como uma nova política que simplifique a arrecadação. Nossa administração pretende atender de forma urgente às necessidades dos municípios e o povo mineiro”, analisou.
Romeu Zema aproveitou para criticar os governos anteriores, não se limitando a responsabilizar apenas a gestão do atual governador Fernando Pimentel (PT), mas também a administração do seu adversário no segundo turno, o senador Antonio Anastasia (PSDB) que governou o Estado de 2010 a 2014. “Chegamos a essa situação devido aos últimos governantes mineiros, que nunca tiveram preocupação em equilibrar as despesas com as receitas e com a eficiência da máquina estatal. A partir da abertura de um canal de diálogo, principal premissa do governo do Novo”.
Por fim, o candidato disse que pretende renegociar a dívida de Minas Gerais com a União para reduzir o comprometimento do orçamento do Estado com o pagamento de empréstimos. “Todas as medidas a serem adotadas passarão por rigorosa avaliação da equipe econômica, coordenada pelo economista Gustavo Franco”, disse.
Campanha
Nesta segunda-feira, Romeu Zema se reuniu com empresários, agricultores e pecuaristas de Uberlândia, na Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) da cidade. Depois ele visitou uma rede atacadista da cidade. Na parte da tarde, ele era esperado em Belo Horizonte para participar do painel com os candidatos organizado pela AMM. Porém, ele alegou problemas com o horário na agenda no Triângulo e, segundo sua assessoria, não conseguiu embarcar a tempo para voar para capital mineira.
Quando sua ausência foi anunciada no painel da AMM, houve algumas vaias na plateia. O candidato do Novo viu com naturalidade a reação do público. “Com relação às vaias, vivemos em um país democrático em que as manifestações são livres”, disse.
Economista