O governo de Minas depositou ontem o 13º salário integral do ano passado para os servidores da Secretaria de Estado de Fazenda. A decisão gerou focos de insatisfação entre funcionários de outras categorias. A reportagem de O TEMPO teve acesso à informação que foi confirmada pelo Executivo. Em nota, a assessoria de imprensa da pasta informou que, em função de uma reorganização do fluxo de caixa, o governo do Estado conseguiu antecipar o pagamento das parcelas restantes da bonificação natalina de 2018 dos servidores da secretaria de Fazenda.
O comunicado ainda ressalta que, sempre que possível, será feita a antecipação do pagamento do compromisso “não honrado pela gestão anterior”. Além disso, o governo destaca que, “graças aos esforços deste governo, que busca reequilibrar as contas públicas, até o mês que vem, cerca de 67,4% do funcionalismo, (ativos, aposentados e pensionistas) já terão recebido o valor integral do 13º de 2018”, diz o texto.
No início do mês, foi divulgada a escala de pagamento do salário do funcionalismo público, com a previsão de que seria paga, na data de ontem, o valor de R$ 400, referente à parcela do benefício. No entanto, apenas os servidores da Fazenda foram beneficiados com a quitação da dívida deixada pelo governo petista.
Outra categoria que já recebeu integralmente o pagamento do 13º salário de 2018 foi a da segurança pública. Depois muita pressões e ameaças de paralisação, os policiais civis, militares, agentes penitenciários e bombeiros militares conseguiram um acordo com o governo de Romeu Zema (Novo) e receberam a última parcela da bonificação no final do mês passado.
Os outros servidores vão receber o 13º salário em até 11 parcelas que variam de acordo com o valor da remuneração.
Dificuldades
Um dos muitos problemas enfrentados por Zema ao assumir a gestão do Executivo mineiro foram as dívidas deixadas por Fernando Pimentel (PT) com funcionalismo público e com as prefeituras.
Até o momento, o governo do Novo ainda não conseguiu colocar em dia a remuneração dos servidores do Executivo. Contudo, por diversas vezes, o secretário de Estado de Fazenda, Gustavo Barbosa, já afirmou que apesar de não ter conseguido regularizar os depósitos, o governo deu ao servidor previsibilidade. Isso porque, de acordo com Barbosa, as escalas de pagamento são divulgadas com antecedência e as datas dos depósitos são cumpridas.
Na última semana, em reunião na Assembleia Legislativa, ele afirmou que será possível dar um prazo para o fim do parcelamento assim que o plano de recuperação fiscal – acordo com o governo federal – for aprovado.