Wendel 37, canhoto, aplicado, obediente, foi peça importante na Tríplice Coroa de 2003. Recebeu elogios de Alex, o que só o engrandece, já que tem o camisa 10 daquele timaço como referência de atleta e ser humano.
Aos 12 anos, Wendel chegava à Toca da Raposa por indicação do observador Canarinho e de seu tio Geovanni, que já estava no Cruzeiro. Na transição dos juniores para o profissional, ele foi emprestado ao Caxias e ao Uberlândia, o que o ajudou a crescer taticamente, fisicamente e mentalmente para depois se firmar no clube celeste.
A Europa também viu o futebol de Wendel. Ele jogou no Nacional da Ilha da Madeira, de Portugal, emprestado pelo Cruzeiro em 2005. Depois foi vendido ao Bordeaux, da França, onde disputou cinco temporadas, sendo escolhido o melhor meia-esquerda em 2008/09 e o terceiro melhor jogador do Campeonato Francês.
Wendel atuou ao lado do goleiro Gomes, que ele considera excepcional, o mesmo que pensa sobre o zagueiro Dedé, seu companheiro no Vasco, e do meia Alex, por tudo que fez na carreira. Destaca ainda Cavenaghi, atacante inteligente e de grande faro de gol.
Nos 18 anos como profissional, Wendel mostrou seu talento no meio campo. Equilibrado, o jogador não precisou de procurador para orientar sua carreira, mas contava com o apoio dos familiares sempre que era necessário.
Por onde anda. Atualmente, Wendel está cursando educação física, e um dos objetivos é de se qualificar para ser treinador. Ele já tem uma licença da CBF e espera conseguir outra em dezembro, em busca do sucesso também na beirada do gramado. Ele já atua como auxiliar técnico na base do Minas Boca, de Sete Lagoas, que está disputando o Campeonato Mineiro em várias categorias, e tem total apoio do presidente do clube, Marcelo Mendes.
Barrado em shopping na Arábia Saudita
O técnico Marco Aurélio deu a primeira oportunidade a Wendel no time profissional do Cruzeiro. Mas o ex-jogador aprendeu muito também com Ricardo Gomes, Vanderlei Luxemburgo, Eduardo Batista e Ney Franco, além de Emerson Ávila na sua formação. O ex-meio-campista trabalhou durante um curto período com Felipão e não se esquece também de Cristóvão Borges, Adilson Batista, Gilson Kleina e Enderson Moreira.
O futebol também lhe deu muitos amigos, como Ricardinho, Marcos Paulo, Jussiê, Diego Souza, Danilo Barcelos e Fernando.
Wendel não teve tempo para conhecer baladas, já que se casou aos 20 anos. Ele defendeu também Santos, Vasco, Sport, Goiás, Ponte Preta e Náutico. Em 2011/12, jogou na Arábia Saudita, onde ele e Fernando foram barrados e não puderam entrar em um shopping porque estavam de bermuda.