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POLÍCIA
Acusados de matar estudante na porta de boate vão a julgamento em Contagem
Dos três envolvidos no crime, dois são ex-policiais militares e estão presos; o terceiro, um corretor de seguros, está foragido há três anos 12/09/2019

 

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O julgamento acontece na manhã desta quinta-feira (12), no Fórum de Contagem
Foto: TJMG/ Divulgacao

Os acusados de espancar até a morte Cristiano Guimarães Nascimento, à época com 22 anos, na porta de uma boate em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, serão julgados nesta quinta-feira (12).

O homicídio qualificado como doloso e por motivo fútil pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) aconteceu em abril de 2016. 

São três os suspeitos de participação no assassinato do estudante de Direito. Dois deles eram soldados da Polícia Militar, com idades entre 27 e 28 anos, quando o crime aconteceu. Ambos estão presos desde a morte do jovem. 

O terceiro envolvido no homicídio é um corretor de seguros, hoje com 33 anos. O mandado de prisão contra ele foi expedido quatro dias após o crime, mas ele nunca foi preso e continua foragido. 

Denúncia

Alguns dias após a morte de Cristiano, o MPMG ofereceu denúncia contra os três homens. Eles são acusados de homicídio doloso - quando há intenção de matar, qualificado por motivo fútil e uso de recursos que impossibilitaram que a vítima se defendesse. 

Se o magistrado à frente do caso acatar a acusação feita pelo órgão, os três homens serão condenados e podem enfrentar uma pena que varia entre seis e 20 anos de prisão. 

Relembre o crime

Era noite de 8 de abril de 2016. Cristiano e alguns amigos se divertiam em um casa noturna, na avenida Londres em Contagem, quando uma briga começou entre ele e os suspeitos de matá-lo.

Um dos envolvidos contou à Polícia Militar que a discussão no interior da boate aconteceu por causa de um balde de bebida e, após trocas de ofensas, todos se dirigiram à porta do estabelecimento. 

Do lado de fora, os três homens agrediram o estudante até a morte e também desferiram golpes contra um amigo dele, de 41 anos. O homem foi socorrido e levado às pressas ao Hospital Municipal de Contagem. 

Flagrante

Uma denúncia anônima  levou os investigadores ao primeiro dos suspeitos, um dos soldados militares. Na ligação, a pessoa do outro lado da linha disse que havia encontrado uma arma de fogo perto da boate e que esta pertenceria a um dos assassinos do jovem. 

Os agentes encontraram o revólver e, pela numeração nele inscrita. decidiram questionar o suspeito. Ele confessou o crime e apontou um amigo como comparsa no homicídio. Assim, os dois foram presos ainda em flagrante e estão encarcerados desde então.

Imagens do circuito interno

Imagens de câmeras de segurança da casa noturna mostram que, à época, o jovem deixou a boate, atravessou a rua e encontrou alguns amigos que o acompanhavam. Um minuto depois, os suspeitos saem da boate e seguem em direção ao grupo. 

Dado o posicionamento das câmeras, a briga não foi registrada. Alguns instantes após o provável início da confusão, o estudante aparece ao fundo e é possível ver o momento em que um dos policiais o atinge com dois chutes: o primeiro derruba a vítima e o segundo, na cabeça, é o provável golpe que levou o estudante a óbito. Toda a ação violenta não durou mais que 20 segundos.

 


 

 

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